Marta trai eleitores, e se alia a Serra na tentativa de entregar o Pré-Sal

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[caption id="attachment_37755" align="alignleft" width="300"]Marta traiu a Petrobras e o Brasil, sem pudores Marta traiu a Petrobras e o Brasil, sem pudores[/caption] por Rodrigo Vianna A votação foi apertada. Por 33 a 31, o PSDB e boa parte do PMDB conseguiram manter o regime de urgência para o projeto do senador José Serra (PSDB-SP), que tira da Petrobras as prerrogativas para comandar a extração de petróleo do Pré-Sal. A consequência é que petroleiras como a Shell e a Chevron poderiam explorar a importante riqueza nacional. Está claro que o projeto só avançou diante da fragilidade do governo, no momento em que sofre um cerco com a  Lava-Jato. Já não há dúvidas que a operação conduzida pelo juiz Sérgio Moro tem como uma das consequências o desmonte do Estado Nacional, deixando de joelhos um dos países que ameaçou a hegemonia dos EUA nos últimos anos - com a criação do banco dos BRICS, entre outras ações. Serra se apresenta aos gringos como o chefe de um novo projeto - entreguista, liberal, de transformar o Brasil de novo em colônia. Isso não espanta ninguém. O espantoso é ver a senadora Marta Suplicy, eleita com os votos dos trabalhadores e da esquerda, se aliar a Serra. Marta comete uma traição sem precedentes. Foi ao PMDB. Mas lá está o senador Requião - incansável defensor do patrimônio nacional. Marta caiu no colo de Serra, sem pudores. É hoje mais tucana do que muitos tucanos. Nem Cristóvao Buarque, com toda mágoa do PT, ousou trair assim. Cristóvao votou contra Serra. Crivella votou contra Serra. Romário votou contra Serra. Mas Marta votou com Serra. Está claro que a ex-petista busca apoio do tucano na eleição em São Paulo. Serra, se não conseguir espaço no PSDB, sairá candidato a presidente pelo PMDB. É uma tabelinha gloriosa: Serra/Marta Marta já havia mostrado falta de escrúpulos quando, numa eleição em São Paulo, insinuou que Kassab (o adversário) era gay. Como se isso tivesse alguma importância. Pior: Marta era historicamente uma defensora da bandeira dos direitos LGBT. Da mesma forma, a senadora se alia agora ao que há de mais abjeto na política, para sobreviver. Marta renega seus eleitores, pensando que será aceita de volta pela turma dos Jardins. O tempo mostrará que ela vai ficar sem os votos históricos. E será chutada, para a lata de lixo da história, pela elite a quem agora pensa servir. Abaixo, o resultado da votação. Senado 2 Senado 1