Um milhão assinam petição para asilo de Snowden no Brasil

Enquanto 1 milhão de pessoas querem proteger Snowden, autoridades do Reino Unido obrigaram o The Guardian a destruir material com informações sobre o governo do país, que foram consideradas confidenciais. Cadê a liberdade de informação?

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Da Agência Brasil de Fato Ultrapassa 1 milhão de assinaturas a petição on-line pedindo que o ex-técnico da CIA Edward Snowden consiga asilo no Brasil. Responsável por vazar documentos secretos que revelam o sistema de espionagem da Agência de Segurança Nacional dos EUA (NSA), Snowden está atualmente refugiado na Rússia. A campanha foi lançada por David Miranda, companheiro do jornalista americano Glenn Greenwald e primeiro a divulgar as informações vazadas por Snowden. Como o objetivo inicial era conseguir mais de 1 milhão de apoiadores, agora a meta subiu para 1,25 milhão de assinaturas da petição hospedada no site Avaaz (clique aqui para acessar). “Snowden desistiu de tudo para trazer à luz a operação de megaespionagem feita pelos EUA contra o Brasil e o restante do mundo. Seu passaporte foi revogado por seu próprio país e agora ele está preso em um limbo jurídico em Moscou, com um visto de um ano de duração. O Brasil, um dos principais alvos da espionagem, deveria oferecer abrigo a alguém que nos abriu os olhos para a vigilância americana indiscriminada e em escala global”, afirma a petição. Em dezembro, o ex-técnico afirmou que aceitaria asilo no Brasil, mas sem a condição de fornecer informações sobre o programa de espionagem americano. Comentário de Escrevinhador: Enquanto alguns querem proteger Edward Snowden, autoridades do Reino Unido obrigaram o jornal The Guardian a destruir material com informações sobre o governo do país, que foram consideradas confidenciais. Cadê a liberdade de informação? Veja abaixo reportagem do Portal Link, da Agência Estado. Funcionários do Guardian destroem arquivos de Snowden Imagens de jornalistas do diário britânico The Guardian destruindo computadores que continham os arquivos passados ao jornal pelo ex-agente da CIA Edward Snowden foram divulgadas nesta sexta-feira. O episódio aconteceu em 20 de julho do ano passado. O jornal foi ameaçado de processo pelas autoridades do Reino Unido caso não destruísse o material, que continha informações sobre o governo do país consideradas confidenciais. O chefe da casa civil britânico, Jeremy Heywood, teria dito a Alan Rusbridger, editor do Guardian: “Podemos fazer isso de um jeito tranquilo ou podemos seguir a lei. Muita gente no governo acha que vocês deveriam ser fechados”. Através das reportagens de seu correspondente Glenn Greenwald, que teve acesso a documentos vazados pelo ex-agente da CIA Edward Snowden, o Guardian revelou o esquema de espionagem online da agência norte-americana NSA. O governo britânico agiu para barrar a divulgação de segredos seus contidos na massa de informação. O serviço de inteligência do país (GCHQ) pediu ao jornal que entregasse os computadores onde as informações estariam armazenadas para que fossem destruidos. O Guardian recusou, propondo que seus próprios jornalistas eliminassem o material. Oficiais do GCHQ acompanharam então o processo de destruição, feito por três funcionários do Guardian. Foram usadas furadeiras e rebarbadoras para “lixar” as placas dos computadores. Depois, tudo foi passado por um desmagnetizador do GCHQ. Segundo o Guardian, todos os arquivos relacionados a Snowden que o jornal tinha em seu poder estavam em quatro laptops sem conexão à internet ou qualquer rede interna. Os computadores ficavam numa sala especial, vigiada 24 horas por dia por seguranças. Havia múltiplas senhas e uma proibição ao uso de aparelhos eletrônicos na sala. Apenas uma pequena equipe de repórteres veteranos de confiança tinha acesso aos arquivos. O editor do jornal, Alan Rusbridger, lembrou ao governo, porém, que cópias dos documentos existiam em outros países. Na semana que vem, a editora do jornal lança o livro The Snowden Files, de Luke Harding, que conta a história do agente, desde seus tempos de juventude, o período em que trabalhou para a CIA até o ano passado, quando decidiu contar ao mundo tudo que sabia.