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Atualização:
Pesquisa do Instituto Ibope divulgada nesta manhã mostra Dilma com 50% dos votos e chance de ganhar no primeiro turno. Serra está com 27% das intenções de voto e Marina com 13%. As informações são do Portal Terra
Pesquisa do Instituto Ibope encomendada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) divulgada nesta quarta-feira (29) aponta liderança da candidata petista à presidência da República, Dilma Rousseff, com 50%. O tucano José Serra aparece na segunda colocação, com 27%, seguido da senadora verde Marina Silva, que tem 13% das intenções de voto. Outros candidatos somam 1%. Brancos e nulos chegam a 4%. Eleitores indecisos também são 4%. Com esse cenário, se as eleições fossem hoje, a ex-ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, poderia estar eleita no primeiro turno. A margem de erro da pesquisa CNI/Ibope é de dois pontos percentuais.
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Pela segunda vez, nessa campanha, os números das pesquisas para presidente apresentam diferenças inexplicáveis por razões puramente técnicas.
O primeiro momento foi em junho/julho, quando Dilma ultrapassou Serra no Sensus, no Vox Populi e até no Ibope. O DataFolha segurou um empate técnico entre os dois, de forma muito estranha. Depois, rendeu-se. Sem explicação, "corrigiu" a pesquisa - que passou a mostrar Dilma bem à frente.
Nessa reta final, o DataFolha traz pesquisa que aponta Marina em alta (14%), Dilma em baixa (46%), e Serra praticamente estacionado (28%). Pelos números da "Folha", crescem as chances de segundo turno.
O Vox Populi, em seu tracking diário, detectou - já há alguns dias - leve alta de Marina (chegou a 13%; mas hoje recuou para 12%), e queda de Dilma (que já andou na casa dos 55% e hoje teria 49%). Serra ficou nos 25% hoje, segundo os números do Vox que acabam de ser divulgados nessa terça-feira. Segundo o Vox Populi, as chances de segundo turno são bem menores.
Reparem: os dois institutos concordam na tendência: leve alta de Marina, queda tênue de Dilma (no caso do DataFolha, nem tão tênue assim). Mas os números são discrepantes o suficiente para determinar se vai haver ou não segundo turno.
Muita gente acredita que o "DataFolha" ajuda Serra. Eu também acho possível. Mas insisto: mesmo no Vox, a margem se estreitou.
O curioso é que essa leve queda de Dilma (depois de imenso bombardeio midiático e de intenso terrorismo religioso conservador) é contraditória com o quadro nos Estados, francamente favorável ao lulismo.
Qual a lógica?
Aparentemente, o bombardeio teve força para frear Dilma, mas não para conter o lulismo.
Reparem que na disputa para o Senado - além das quedas já registradas de Cesar Maia (DEM-RJ), Marco Maciel (DEM-PE), Artur Vrgilio (PSDB-AM), Heráclito Fortes (DEM-PI) - também correm risco, segundo as pesquisas divulgadas agora na reta final: Mão Santa (PSC-PI) e Tasso Jereisatti (PSDB-CE) .
Até tu, Tasso? Sim, Eunicio (PMDB) e Pimentel (PT) se aproximam do "galeguim dos óio azul" na disputa travada no Ceará.
"O núcleo duro da oposição pode ser arrasado.
Em São Paulo, a esquerda pode ficar com as 3 cadeiras (Suplicy, que já está lá, mais Marta e Netinho). No Paraná, deve eleger dois senadores agora (Requião e Geisi).
Na disputa para o governo do Paraná e de São Paulo, crescem as chances de candidatos lulistas (Mercadante e Osmar Dias).
Portanto, há muitos indicativos de que a onda lulista se mantém - apesar de todo bombardeio.
O que indica que, mesmo que enfrente segundo turno, Dilma terá um favoritismo avassalador.
Só não pode ficar tocando a bola na entrada da área, esperando tempo passar. Precisa partir pra cima, e definir logo o jogo. Se não o time de pernas de pau dá um chutão e, numa bola espirrada, acaba fazendo gol.