Sem dinheiro, Unesco suspende programas

Do Operamundi: A diretora-geral da Unesco, Irina Bokova, anunciou nesta quinta-feira (11/11) que a entidade vai suspender a execução de todos os programas previstos até o fim de 2011 por falta de recursos, após os Estados Unidos terem suspendido o financiamento do órgão das Nações Unidas para a educação, a ciência e a cultura. A decisão dos EUA foi uma retaliação à decisão da Unesco de admitir a entrada da Palestina como membro pleno da organização.

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Unesco suspende atividades por falta de dinheiro após corte dos EUA Por William Maia, do OperaMundi A diretora-geral da Unesco, Irina Bokova, anunciou nesta quinta-feira (11/11) que a entidade vai suspender a execução de todos os programas previstos até o fim de 2011 por falta de recursos, após os Estados Unidos terem suspendido o financiamento do órgão das Nações Unidas para a educação, a ciência e a cultura. Segundo Bokova, a medida vai permitir uma economia de até US$ 35 milhões, que somada a outros US$ 30 milhões do capital de giro da organização cobrirá o rombo deixado pela suspensão de repasses do governo norte-americano, que era responsável por 22% do orçamento da Unesco. A decisão dos EUA foi uma retaliação à decisão da Unesco de admitir a entrada da Palestina como membro pleno da organização. Além dos norte-americanos, o governo de Israel também anunciou a suspensão do envio de recursos como forma de protesto. A adesão da Palestina foi aprovada em 31 de outubro pela grande maioria (107 votos a favor e 14 contra) dos países membros da Assembleia Geral da Unesco, que tem sede em Paris. O voto favorável da França causou uma saia justa entre os presidentes Nicolas Sarkozy e Barack Obama durante a última cúpula do G-20. Em uma conversa particular que vazou para jornalistas, Obama cobrou Sarkozy por não ter sido avisado sobre a posição francesa. A crise do financiamento da Unesco ocorre no momento em que o Conselho de Segurança da ONU analisa o pedido de reconhecimento do Estado Palestino, pleito que enfrenta forte resistência norte-americana e israelense. O governo dos EUA já anunciou que utilizará seu poder de veto para barrar a proposta e agora pressiona outros países do Conselho para evitar seu isolamento. *Com informações do jornal espanhol ABC.