Uruguaios dizem não à redução da maioridade penal

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Da Rede LatinAmérica, em Carta Capital Junto das eleições presidenciais e parlamentares, o Uruguai realizou no domingo (26) o plebiscito para definir se haverá ou não redução da maioridade penal de 18 para 16 anos. Segundo a Corte Eleitoral, 53,23% dos votos foram contra a diminuição. A proposta de redução previa os seguintes crimes: homicídio, homicídio qualificado, graves lesões, lesões gravíssimas, furto, roubo, extorsão, sequestro e estupro. Propunha também que os antecedentes criminais dos adolescentes – mesmo aqueles cometidos antes da redução da maioridade – não seriam desconsiderados e contariam nos processos penais a que seriam submetidos após completarem 16 anos. A reforma, caso aprovada, alteraria o artigo 43 da Constituição do Uruguai. Até 10h desta segunda-feira (27), 90% das urnas haviam sido apuradas. Segundo turno O primeiro colocado nas eleições presidenciais foi o ex-mandatário e candidato pela coalizão Frente Ampla, Tabaré Vázquez, com 46,48% dos votos, porcentagem insuficiente para uma vitória no primeiro turno. Em segundo ficou Luis Lacalle Pou, do Partido Nacional, com 31,05%, depois o candidato do Partido Colorado, Pedro Bordaberry, com 13,05%. Pablo Mieres, do Partido Independente, obteve 2,98% dos votos. Para esta nova fase da campanha que se inicia, Bordaberry apoiará Lacalle no segundo turno, conforme anunciou no Twitter: “Uruguai precisa de mudanças na educação, na segurança. Por essas mudanças, sem pedir nada, como sempre, trabalharei por @luislacallepou”. Pedro é filho do ditador uruguaio Juan María Bordaberry. Desde 2006, seu pai estava preso pelas violações de direitos humanos cometidas durante a ditadura, como tortura, sequestro, desaparecimento e assassinato de pessoas. Em 2007, passou a cumprir prisão domiciliar por conta de seu grave estado de saúde.