Witzel compara facções do Rio com Estado Islâmico e Al-Qaeda em pedido de ajuda à ONU

"O que diferencia o PCC do grupo terrorista Al-Qaeda?", questionou o governador, alegando que facções são responsáveis por "cooptar os pobres para a morte"

Wilson Witel, governador do Rio - Foto: Reprodução/Facebook
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O governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC) reafirmou nesta segunda-feira (30) sua intenção de pedir ajuda ao Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) para barrar o tráfico de armas no Brasil. Segundo ele, os responsáveis pelo tráfico e violência no estado são unicamente as facções do Rio, que se assemelham a grupos terroristas do Oriente Médio. "Em 2017, a ONU editou uma resolução por unanimidade para reduzir, eliminar o envio de armas a grupos terroristas. O que diferencia o Comando Vermelho do grupo Isis (sigla usada para identificar o Estado Islâmico)? O que diferencia o PCC do grupo terrorista Al-Qaeda?", questionou o governador. "São facções que não têm escrúpulos, cooptando os pobres para a morte e destruindo as famílias nas comunidades. É por isso que eu disse recentemente que nós precisamos levar ao Conselho de Segurança da ONU a mesma responsabilidade que temos de enfrentar o terrorismo", completou. Witzel pediu que o procurador-geral de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, Eduardo Gussem, acompanhe a iniciativa e designe um representante do Ministério Público estadual para intervir junto à ONU. Fronteiras Além da questão das facções, em pronunciamento nesta segunda (30), Witzel disse que vai recorrer ainda nesta semana à Comissão de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) para que aplique eventual “retaliação” a países como Paraguai, Bolívia e Colômbia, e até determinar o fechamento da fronteira com o Brasil, caso não haja uma política para barrar o tráfico.

O governador do Rio alegou que a ajuda é importante para enfrentar o que chama de "genocídio" que está em curso no estado, resultado do comércio ilegal de armas e narcotráfico