Morre segunda vítima por fuzilamento de militares do Exército no Rio de Janeiro

Catador de materiais recicláveis, Luciano Macedo foi baleado ao tentar ajudar a família do músico Evaldo Rosa, que morreu após seu carro ser fuzilado com 80 tiros por soldados do Exército. Advogado que defende militares receberá honraria do governo Bolsonaro

Luciano Macedo foi baleado ao ajudar família do músico Evaldo Rosa, que também foi morto pelo Exército (Reprodução)
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Baleado ao tentar ajudar a família que estava no carro que foi fuzilado por mais de 80 tiros por militares do Exército em Guadalupe, na Zona Norte do Rio, no último dia 7, o catador de materiais recicláveis, Luciano Macedo, morreu nesta quinta-feira (18). A informação é do portal G1, citando familiares de Luciano, que estava internado no Hospital Estadual Carlos Chagas, em Marechal Hermes, na mesma região. O catador foi baleado em Guadalupe, Zona Norte do Rio de Janeiro, ao prestar socorro à família do músico Evaldo Santos Rosa, que morreu ao ter o carro alvejado com oitenta tiros por militares do Exército. Na quarta-feira (17), a Justiça ordenou que Luciano fosse transferido para o Hospital Moacyr Carmo, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. A Secretaria Estadual de Saúde, no entanto, informou que a transferência não seria possível devido ao estado gravíssimo de saúde de Luciano. Honraria Fazendo a defesa dos militares, o advogado - e militar da reserva - Paulo Henrique Pinto de Mello consta da lista publicada no DOU (Diário Oficial da União) nesta terça-feira (16) entre 300 pessoas que receberão a Medalha da Vitória, em alusão ao papel do Brasil na Segunda Guerra Mundial e em missões de paz. A honraria, que será concedida pelo governo Jair Bolsonaro (PSL), é normalmente concedida a ex-combatentes da Segunda Guerra Mundial ou de missões de paz, além de civis que tenham prestado serviços relevantes na avaliação do Ministério da Defesa.