Placa em telhado no complexo da Maré, no Rio, diz: "Escola. Não atire!"

"Por essas e outras que coloquei no teto e na fachada do Uerê para ver se não nos matam em dias de confronto. Uma vez um helicóptero metralhou a escola. A que ponto chegamos!", publicou no Facebook a artista plástica Yvonne Bezerra de Mello, responsável pelo projeto Uerê

Placa no telhado do projeto Uerê, no complexo da Maré (Reprodução)
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Uma placa colocada no telhado do projeto Uerê, no complexo da Maré, na periferia do Rio de Janeiro, alerta aos snipers da polícia do governador Wilson Witzel (PSC) que o local é uma escola, para que não seja alvejada por tiros que partem dos atiradores que sobrevoam a região em helicópteros. "Por essas e outras que coloquei no teto e na fachada do Uerê para ver se não nos matam em dias de confronto. Uma vez um helicóptero metralhou a escola. A que ponto chegamos!", publicou no Facebook a artista plástica Yvonne Bezerra de Mello, responsável pelo Uerê. Na última segunda-feira (6), uma operação da Polícia Civil na Maré deixou oito mortos. Durante a ação, tiros foram disparados por agentes de dentro de um helicóptero. Durante o fim de semana, uma rajada de 10 tiros em apenas um segundo, que partiu do helicóptero onde estava o governador do Rio, Wilson Witzel (PSC), acompanhando snipers atingiu um um ponto de apoio para peregrinação de evangélicos, que foi confundido com uma casamata do tráfico. Por sorte, segundo a reportagem, não havia ninguém no local, algo incomum numa manhã de sábado, quando ocorreu a operação na trilha do Monte do Campo Belo, em Angra dos Reis, no último dia 4.