Movimentos de moradia fazem ato em São Paulo contra prisões de lideranças

Preta Ferreira e o irmão Sidnei participam da FLM e do MSTC e foram presos com outros dois, acusados de extorquir moradores de ocupações

Cantoras Ana Cañas e Maria Gadu já haviam declarado apoio a Preta no Deic (Gustavo Basso - 24.jun.2019/Revista Fórum)
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Os movimentos por moradia MSTC (Movimento Sem Teto do Centro) e FLM (Frente de Luta por Moradia) farão um ato na tarde desta quarta-feira (26) contra as prisões de quatro líderes de ocupações na segunda-feira, incluindo a cantora e atriz Preta Ferreira. “Pela liberdade das companheiras e companheiro da FLM, presos injustamente por fazer a luta por moradia”, diz a convocação feito pelo grupo. O chamado divulgado diz ainda que todos os movimentos organizados na cidade devem participar, “para cobrar das autoridades esclarecimentos sobre as prisões arbitrárias e tentativa de criminalização dos movimentos sociais”. A FLM funciona como um guarda-chuva que agrega outros movimentos populares por moradia, além do MSTC. [caption id="attachment_178090" align="alignnone" width="300"] Ato foi convocado para as 13h no Pateo do Colégio, no centro de São Paulo (Divulgação)[/caption] Filha de Carmem da Silva Ferreira, coordenadora da ocupação do Hotel Cambridge, no Centro de São Paulo, Preta foi presa junto com o irmão, Sidney. Carmen também tem mandado de prisão expedido, mas não se apresentou à polícia e sua defesa diz estar verificando outras medidas para evitar a prisão. As cantoras Ana Cañas e Maria Gadu já haviam declarado apoio a Preta no Deic (Foto). Nesta terça-feira, Ariel de Castro Alves, advogado do MSTC e representante dos membros do movimento presos relatava violações legais por parte da polícia e judiciário, que não permitiam à defesa ter acesso aos aos autos do Inquérito. Na segunda-feira, o delegado do Deic André Figueiredo realizou uma audiência para explicar a prisão de quatro membros de movimentos, e os mandados de prisão provisória contra outras cinco pessoas. De forma pouca clara e desencontrada, Figueiredo afirmou que a investigação sobre supostas extorsões começaram após a queda do edifício Wilton Paes de Barros, no centro de São Paulo, em maio de 2018. O delegado não soube explicar o porquê da prisão de movimentos que não têm qualquer relação com a ocupação do edifício que pegou fogo e acabou desabando.