Incêndios na Amazônia são 4 vezes maiores com Bolsonaro, diz agência espacial

“O aumento sem precedentes é relatado como proveniente de desmatamento legal e ilegal, que permite que a terra seja usada para fins agrícolas”, revela levantamento

Foto: Reprodução/YouTube
Escrito en BRASIL el
O avanço significativo de incêndios na Amazônia é um fenômeno que vem acontecendo em uma espécie de progressão, que se consolida no governo de Jair Bolsonaro, segundo dados da Agência Espacial Europeia. Conforme o órgão, em 2019 foram registrados na região quase quatro vezes mais ocorrências em relação ao mesmo período de 2018, de acordo com informações do Jamil Chade, do UOL. “Dados de satélite mostram que há quase quatro vezes mais incêndios este ano em comparação com o mesmo período do ano passado. Além do Brasil, partes do Peru, Bolívia, Paraguai e Argentina também foram afetadas”, revela comunicado da agência, divulgado nesta terça-feira (27).

Se você curte o jornalismo da Fórum clique aqui. Em breve, você terá novidades que vão te colocar numa rede em que ninguém solta a mão de ninguém

Outro dado importante é que, segundo o órgão, não se pode explicar a crise somente responsabilizando fenômenos naturais. “Enquanto os incêndios florestais normalmente ocorrem na estação seca do Brasil, que vai de julho a outubro, o aumento sem precedentes é relatado como proveniente de desmatamento legal e ilegal, que permite que a terra seja usada para fins agrícolas, o aumento da temperatura global também é pensado para tornar a região mais suscetível ao fogo”, aponta. A agência europeia divulga que foram detectados quase 4 mil incêndios entre 1º de agosto e 24 de agosto de 2019. No mesmo período de 2018, o número chegou a 1.110 incêndios. Algoritmo “Ao processar 249 imagens para agosto de 2018 e 275 imagens para agosto de 2019, somos capazes de ver o incrível número de incêndios queimando na Amazônia. Isto foi conseguido através do algoritmo noturno ‘World Fire Atlas’, a fim de evitar possíveis falsos alarmes com o algoritmo diurno”, declara Olivier Arino, representante da Agência Espacial. “Os incêndios ainda liberaram 228 megatoneladas de dióxido de carbono na atmosfera, além de grandes quantidades de monóxido de carbono”, acrescenta.

Temas