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Para o ex-ministro da Educação Fernando Haddad, a política de extermínio promovida pelo governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), é motivo para a abertura de um processo de impeachment. A declaração do candidato à presidência pelo PT em 2018 foi dada no dia em que a menina Ágatha Félix, de 8 anos, morreu em decorrência de um tiro de fuzil disparado pela Polícia Militar no Complexo do Alemão enquanto a jovem voltava para casa com sua família.
"Fora Witzel: Tenho evitado tuitar esses dias. Coisas absurdas acontecendo. Mas, com toda sinceridade, eu realmente penso que há razões de sobra para que se peça o impeachment de Witzel. Ele é o grande responsável pelas atrocidades que se cometem no Rio de Janeiro. Um assassino!", declarou o petista. O comentário foi feito logo depois que o jornalista Ricardo Noblat, da Veja, questionava "quem vai parar esse louco do Witzel?".
A morte de Ágatha se soma às inúmeras outras, principalmente de negros e pobres moradores de comunidades, que vêm aumentando desde que Wilson Witzel assumiu como governador do Rio de Janeiro. Witzel é entusiasta de uma política de segurança agressiva, e causou polêmica ainda no ano passado, quando disse que a polícia sob seu comando vai “mirar na cabecinha e fogo”. Ele já chegou, inclusive, a lamentar por não poder disparar mísseis em comunidades do Rio.
Na manhã deste sábado, moradores do Alemão fizeram um protesto em razão da morte de Agatha e de outros jovens negros. Pelas redes, a hashtag #ACulpaEDoWitzel ganhou repercussão. O historiador Luiz Antonio Simas ainda criticou a própria origem da Polícia Militar: “A PM foi criada para matar e morrer e nesse sentido é uma das instituições mais bem sucedidas do Brasil: mata e morre”.
https://twitter.com/Haddad_Fernando/status/1175461425583656960
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