Procurador do MP de Minas reclama de salário de R$ 24 mil: "Vamos ficar nesse mizerê"

"Estou deixando de gastar R$ 20 mil de cartão de crédito e estou passando a gastar R$ 8 (mil), para poder viver com os meus R$ 24 mil. Agora, eu e vários outros, já estamos vivendo à base de comprimidos, à base de antidepressivo", disse Leonardo Azeredo dos Santos, do Ministério Público de Minas Gerais

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Em reunião que discutia o orçamento do Ministério Público para 2020, o procurador Leonardo Azeredo dos Santos, do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), reclamou do salário de R$ 24 mil em um desabafo aos colegas e ao procurador-geral de Justiça, Antônio Sérgio Tonet. Se você curte o jornalismo da Fórum clique aqui. Em breve, você terá novidades que vão te colocar numa rede em que ninguém solta a mão de ninguém “Quero saber se nós, no ano que vem, vamos continuar nessa situação ou se vossa excelência já planeja alguma coisa, dentro da sua criatividade, para melhorar nossa situação. Ou se vamos ficar nesse mizerê”, disse. O áudio foi publicado no site do Ministério Público de Minas Gerais e divulgado em reportagem da Rádio Itatiaia nesta segunda-feira (9) - Ouça abaixo: [audio mp3="https://cdn.revistaforum.com.br/wp-content/uploads/2019/09/procurador09-09-2019.mp3"][/audio] “Estou fazendo a minha parte. Estou deixando de gastar R$ 20 mil de cartão de crédito e estou passando a gastar R$ 8 (mil), para poder viver com os meus R$ 24 mil. Agora, eu e vários outros, já estamos vivendo à base de comprimidos, à base de antidepressivo. Estou falando desse jeito aqui com dois comprimidos sertralina por dia, tomo dois ansiolíticos por dia e ainda estou falando desse jeito. Imagine se eu não tomasse? Ia ser pior que o Ronaldinho. Vamos ficar desse jeito? Nós vamos baixar mais a crista? Nós vamos virar pedinte, quase?”, continuou o Azeredo dos Santos, com tom de voz bastante alterado. Caso Minas Gerais assine o acordo de recuperação fiscal com o governo federal, assim como fez o governo do Rio de Janeiro, o Estado pode ficar impedido de conceder qualquer reajuste salarial, o que gerou revolta entre os procuradores.