Líderes evangélicos que apoiam Bolsonaro devem 276 milhões ao governo

No topo do ranking está a Igreja Internacional da Graça de Deus, do pastor R. R. Soares

R.R. Soares e Bolsonaro (Reprodução)
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Apesar de serem isentos de uma série de impostos no Brasil, os principais líderes evangélicos que ajudaram a eleger Jair Bolsonaro possuem uma dívida acumulada de 276 milhões de reais com o governo federal, segundo a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional. Grande parte desse dinheiro deveria ter sido pago através de taxas como o INSS de funcionários. No topo do ranking está a Igreja Internacional da Graça de Deus, do pastor Romildo Ribeiro Soares, que deve ao governo 139,7 milhões. Em segundo, a Igreja Mundial do Poder de Deus, com 85,9 milhões, seguida pela Igreja Renascer em Cristo (31,3 milhões), Igreja Evangélica Assembleia de Deus (9,8 milhões) e Igreja Batista da Lagoinha (9,4 milhões). Para retribuir o apoio dos líderes evangélicos, Bolsonaro já fez diversos acenos tributários ao longo de seu primeiro ano de governo, como é o caso do Fisco. O aumento para 4,8 milhões de reais do teto para que empresas se tornem isentas de declarar suas movimentações financeiras diariamente beneficiou de modo direto as igrejas. Outra medida de agrado recente envolve a intenção do presidente de isentar os templos religiosos de pagar a conta de luz. Alguns pastores também acumulam dívidas através de suas empresas privadas, que ficam de fora da imunidade tributária concedida às igrejas. A produtora de TV Rede Mundial de Comunicação, do pastor Valdemiro Santiago, líder da Igreja Mundial do Reino de Deus, aparece no sistema do Fisco como devedora de 6,1 milhões em impostos. A Mundial também se destaca no ranking das igrejas devedoras, com 85,9 milhões de reais. Entre as companhias privadas, consta a gravadora de música gospel de Silas Malafaia, com 1,2 milhão de reais de impostos devidos.