Secretários de Saúde temem falta de seringas e podem sugerir proibição de exportações

"É uma vergonha sermos referência mundial em imunização e estarmos tão atrasados em relação à vacinação contra a Covid-19", disse o presidente do Conass, Carlos Eduardo Lula

Vacinação (Foto: Tony Winston/Agência Brasília)
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 O presidente do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), Carlos Eduardo Lula, disse nesta quarta-feira (30) que os gestores estaduais estão preocupados com o fracasso do pregão do Ministério da Saúde realizado para comprar seringas e agulhas para a vacinação contra a Covid-19. Apenas 3% do pretendido foi conseguido.

" Corremos o risco real de termos vacina e não termos agulhas e seringas suficientes. O Ministério tem de urgentemente reunir a indústria nacional para saber como proceder. Sob pena de medidas drásticas serem tomadas, como, por exemplo a requisição administrativa ou a proibição de exportação dos estoques no Brasil", disse o secretário de Saúde do Maranhão em entrevista à jornalista Adriana Mendes, d'O Globo.

Segundo informações de Thais Arbex, da CNN Brasil, o Conass pretende pedir ao Governo Federal a proibição da exportação de seringas e agulhas. No início do ano foi adotada uma medida similar com respiradores.

Vacinação

Durante a entrevista ao Globo, Carlos Eduardo Lula ainda criticou a demora na vacinação. "É uma vergonha sermos referência mundial em imunização e estarmos tão atrasados em relação à vacinação contra a Covid-19", completou.

Governadores estaduais, em especial os da região Nordeste, têm pressionado o ministério pela aceleração do programa de vacinação. Comitê Científico do Consórcio Nordeste, inclusive, defende a formação de um organismo nacional independente que estabeleça uma estratégia unificada de vacinação.