Movimento negro denuncia Bolsonaro, Doria e Witzel na OEA por violência policial

Massacre em Paraisópolis completa 100 dias nesta segunda-feira (9) com protesto de moradores na comunidade

Reprodução/Twitter @logricaantunes
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A Coalizão Negra por Direitos, grupo formado por mais de 60 organizações antirracistas, denunciou na última sexta-feira (6) na Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), instituição vinculada à Organização dos Estados Americanos (OEA), a violência policial do governo de Jair Bolsonaro, assim como dos governos estaduais, que mata constantemente jovens negros de periferia.

As denúncias abordaram especialmente São Paulo e Rio de Janeiro, estados governados por João Doria (PSDB) e Wilson Witzel (PSC), respectivamente. A audiência sobre o tema aconteceu na cidade de Porto Príncipe, no Haiti.

"Jamais aceitaremos com naturalidade que o estado, seus governos e polícias continuem impondo o sofrimento e a morte ao nosso povo. Pelas crianças assassinadas nas ações políciais nas favelas do Rio; pelos jovens assassinados em ações da PM no massacre de Paraisópolis em SP e por cada jovem negro assassinado a cada 23 minutos no Brasil, continuaremos enfrentando o racismo, o genocídio, denunciando no Brasil e em fóruns internacionais, e exigindo reparação histórica pela vida", diz nota do movimento.

Nesta segunda-feira (9), completam-se 100 dias do massacre em Paraisópolis, comunidade da capital paulista. Na ocasião, nove jovens foram mortos após uma operação da Polícia Militar de Doria em um baile funk da comunidade.

Por conta da data, moradores organizaram protestos para às 17h em frente a viela onde ocorreram as mortes. O ato tem como objetivo pedir justiça pela vida das vítimas, cobrar uma resposta do governador e do prefeito Bruno Covas (PSDB), bem como ações em prol da comunidade.