Em depoimento à PF, Carlos Bolsonaro nega produzir conteúdo golpista nas redes sociais

Apontado como articulador do gabinete do ódio, filho do presidente foi ouvido em inquérito que apura a organização e o financiamento de atos que pediram o fechamento do Congresso e do STF

Carlos Bolsonaro (Foto: Flickr/Família Bolsonaro)
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O vereador do Rio de Janeiro Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) negou em depoimento à Polícia Federal que tenha produzido ou repassado conteúdo que incentivasse os atos golpistas realizados por apoiadores de seu pai, o presidente Jair Bolsonaro. Antidemocráticos, os atos pediam o fechamento do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Congresso Nacional.

Carlos Bolsonaro foi ouvido como testemunha pelos policiais no último dia 10 de setembro, no âmbito do inquérito que apura a organização e o financiamento dos atos. A investigação foi aberta em abril no STF a pedido da Procuradoria-Geral da República. O relator é o ministro Alexandre de Moraes.

Apontado como articulador do gabinete do ódio, que ataca adversários do governo Bolsonaro nas redes sociais, e usuário constante das plataformas, Carlos Bolsonaro disse ainda que nunca publicou conteúdo falso ou que incentivasse o desrespeito a decisões judiciais.

De acordo com a TV Globo, que teve acesso ao depoimento, o vereador fez questão de deixar registrado que preza “pela democracia, acredita na mudança pela democracia” e que “tais colocações vêm de berço”.

Questionado pelos policiais, ele negou ter produzido ou repassado mensagem ou material como memes, fotografias e vídeos com conteúdo que tratasse de processos violentos ou ilegais para alteração da ordem política ou social, que incitasse a animosidade das Forças Armadas contra o Supremo e seus ministros ou contra o Congresso Nacional e seus parlamentares.

"Perguntado se o declarante se utilizou de robôs para impulsionamento de informações em redes sociais envolvendo memes ou trabalhos desenvolvidos pelo governo federal, respondeu que jamais fui covarde ou canalha a ponto de utilizar robôs e omitir essa informação", diz a ata do depoimento.

Com informações do G1