ALMG vai investigar massacre que deixou 25 mortos em Varginha

"É muita violência!", lamentou a deputada Andreia de Jesus (PSOL), presidenta da CDH da Assembleia Legislativa de Minas Gerais

Comissão de Direitos Humanos da ALMG | Foto: Ricardo Barbosa/ALMG
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A Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) irá investigar a operação das polícias Militar (PMMG) e Rodoviária Federal (PRF) que provocou um massacre com 25 mortos em Varginha (MG). Nenhuma das vítimas é policial.

"Muito triste o ocorrido hoje na cidade de Varginha. Me solidarizo com moradores e afetados. É muita violência! A comissão de Direitos Humanos vai apurar o ocorrido", anunciou a deputada estadual Andreia de Jesus, presidenta da Comissão, ao comentar sobre a chacina.

Segundo informações da assessoria da Policial Militar, a operação teve como objetivo desmantelar uma quadrilha de assalto a bancos - o chamado "novo cangaço". A ação foi dividia em dois momentos: na primeira abordagem foram mortas 18 pessoas e apreendidos dez fuzis, munições, granadas e dez veículos roubados.

A segunda operação ocorreu em uma chácara onde, segundo a PM de Minas Gerais, “houve intensa troca de tiros” e sete pessoas foram mortas. Apesar dessa suposta troca de tiros "intensa", não há informações de policiais feridos ou vitimados.

Por meio das redes sociais, a porta-voz da PM de Minas Gerais, capitã Layla Brunella, foi “provavelmente a maior [operação]” já realizada no estado mineiro.

Bolsonarismo comemora

Enquanto a CDH pretende investigar a possível chacina, o bolsonarismo comemorou o massacre. "Nenhum policial morto. Parabéns Polícia Rodoviária Federal e Polícia Militar de Minas Gerais. Fiquem tranquilos, só vagabundos reclamarão. Grande Dia”, postou Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do presidente Jair Bolsonaro.

https://twitter.com/andreiadejesuus/status/1454894945979047944