Reforma da previdência de SP é aprovada após repressão policial

Texto entrará em vigor em 120 dias e, entre outras medidas, tira 14% de todos os aposentados do funcionalismo municipal que ganham acima de um salário mínimo

Foto: Policiais militares e guardas civis reprimem manifestantes na Câmara de São Paulo
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Após repressão violenta da Polícia Militar, a Câmara Municipal de São Paulo aprovou na madrugada desta quinta-feira (11) a reforma da previdência municipal, conhecida também como Sampraprev 2. O projeto de emenda à Lei Orgânica (PLO), enviado pelo prefeito Ricardo Nunes (MDB), recebeu 37 votos favoráveis e 18 contrários.

Como se trata de PLO, não há necessidade de sanção do prefeito. Dessa forma, o texto entrará em vigor em 120 dias.

O projeto altera a previdência dos funcionários públicos e, entre outras medidas, taxa em 14% todos os aposentados do funcionalismo municipal que ganham acima de um salário mínimo. Na atual regra do município, o percentual só é descontado daqueles que ganham acima de R$ 6.433.

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Polícia Militar (PM) e a Guarda Civil Metropolitana (GCM) reprimiram com violência, na tarde desta quarta-feira (10), uma manifestação de servidores municipais de São Paulo que ocorria em frente à Câmara de Vereadores da capital paulista.

A confusão começou por volta dar 18h30, quando policiais militares e guardas civis metropolitanos agiram com truculência, lançando bombas de gás lacrimogêneo e de efeito moral contra os trabalhadores, sob a alegação de que alguns deles teriam tentando invadir a sede do Legislativo paulistano.

O vidro da fachada da Câmara Municipal teria sido danificado, de acordo com a polícia, por pedras e fogos de artifício lançados pelos manifestantes.

Por volta das 19h, lideranças sindicais presentes no local disseram que as tropas tinham montado um cordão de isolamento em frente ao edifício público para impedir a aproximação dos servidores que protestavam e para dispersar os manifestantes.

Vídeos postados na internet mostram a multidão correndo, debaixo de muita fumaça e sob o som de explosões. Há também imagens de participantes do ato lançando objetos contra os policiais que se mantinham em formação de choque durante a ação.

vereador paulistano Celso Giannazi (PSOL) foi atacado pela polícia enquanto dava entrevista a uma emissora de televisão. Imagens do parlamentar, em meio à fumaça das bombas, foram captadas pela imprensa que trabalhava cobrindo o ato.

https://twitter.com/SINDSEP/status/1458558502197149706?s=20