Renda média do trabalhador é a menor desde 2012, aponta IBGE

Na comparação com o terceiro trimestre de 2020, os trabalhadores perderam 11% de seu poder de compra

Foto: Rafael Neddermeyer/Fotos Públicas
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O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta terça-feira (30) a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) e revelou que a renda média dos trabalhadores recuou 4% no 3º trimestre deste ano, em relação aos três meses anteriores para R$ 2.459.

Esse é o menor rendimento médio real (descontada a inflação) desde o 4º trimestre de 2012 (R$ 2.451).

Dessa maneira, trata-se da quarta queda seguida na comparação com o trimestre imediatamente anterior, o que faz o valor se aproximar do menor nível história, iniciada em 2012.

Além disso, na comparação com o terceiro trimestre de 2020, o trabalhador viu o seu rendimento encolher 11,10%.

Em 2020, a renda média da classe trabalhadora era de R$ 2.766, ou seja, quando comparado, há uma redução de R$ 204, para os R$ 2.459.

Bolsocaro: IPCA-15 registra alta de 1,17%, maior variação para novembro desde 2002

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou na última quinta-feira (25) o Índice Nacional de Preços ao Consumido Amplo 15 (IPCA), que teve alta de 1,17% em novembro, a maior variação desde 2002, quando o índice ficou em 2,08%.

O acumulado do ano foi de 9,57% e, em 12 meses, de 10,73%, acima dos 10,34% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em novembro de 2020, a taxa havia sido de 0,81%.

Bolsocaro


De acordo com o IBGE, todos os nove grupos que compõem o IPCA tiveram alta durante o mês de novembro.

A maior variação (2,89%) e o maior impacto (0,61 p.p) foi do setor de transportes. Em seguida vem habitação (1,06%) e Saúde e cuidados pessoais (0,80%).

Os três grupos contribuíram com 0,88% p.p no IPCA-15 de novembro, o que equivale a cerca de 75% do índice para o mês.

O grupo de alimentação e bebida, que vinha apresentando alta constante, desacelerou no mês de novembro com variação de 0,40%. Em outubro o grupo tinha registrado alta de 1,38%.

Apesar disso, alguns alimentos ainda apresentaram alta, ou seja, continuam caros: tomate (14,02%), frango em pedaços (3,07%), queijo (2,88%), a batata-inglesa (14,13%) e a cebola com alta de 7%.