Vale-gás: Base bolsonarista obstrui liberação de verba para viabilizar projeto

“Absurdo! O povo precisa desse recurso urgente”, comentou o deputado federal Carlos Zarattini (PT-SP), autor do projeto de lei, já aprovado pela Câmara

Foto: Myke Sena
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O governo de Jair Bolsonaro e seus apoiadores deram mais uma prova de que não estão nem um pouco preocupados com a população brasileira e a grave crise econômica que a atinge.

A base governista obstruiu, nesta segunda-feira (13), a liberação dos recursos para viabilizar, na prática, o projeto de autoria do deputado federal Carlos Zarattini (PT-SP), que institui o Gás Social, também conhecido como vale-gás.

“Base do governo Bolsonaro obstruiu a sessão onde seria votado o PLN42, que destina 500 milhões para o AUXILIO GÁS! O motivo é o fato do governo não ter liberado suas emendas. ABSURDO! O povo precisa desse recurso URGENTE!”, criticou Zarattini.

https://twitter.com/CarlosZarattini/status/1470484707242655749

A sessão desta segunda na Câmara acabou sendo adiada, depois da obstrução de partidos da base do governo. Os congressistas pretendiam analisar o projeto que libera R$ 500 milhões para bancar o vale-gás.

Sem acordo, o deputado Marcelo Ramos (PL-AM), presidente da sessão, anunciou que o tema só será analisado na próxima sexta-feira (17).

Câmara aprovou projeto do PT que dá 50% de desconto no gás de cozinha a famílias pobres

No final de setembro, a Câmara dos Deputados aprovou o Projeto de Lei (PL) 1374/21, que institui o Gás Social – um desconto destinado a famílias de baixa renda na compra de botijões de gás de cozinha. Ao todo, foram 413 votos favoráveis e 15 contrários. Apenas a liderança do governo e o partido Novo orientaram contra a iniciativa.

A proposta, de autoria de Zarattini (PT-SP), subscrita por toda a bancada petista e relatada por Christino Aureo (PP-RJ), cria um subsídio mensal pago pelo governo de 50% na compra de botijões por famílias inscritas no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico), com renda familiar mensal per capita menor ou igual a meio salário mínimo, ou que tenham entre seus integrantes pessoa que receba o Benefício de Prestação Continuada (BPC).

Também ficou definido que o benefício será concedido preferencialmente às mulheres vítimas de violência doméstica, que estejam sob o monitoramento de medidas protetivas de urgência.

O PL vem como uma resposta à postura do governo Bolsonaro, que nada faz em meio aos sucessivos aumentos no preço do gás de cozinha diante da crise econômica. O valor do gás subiu mais de 37% só este ano e o botijão já é vendido em muitas cidades por até R$ 110, o que tornou seu consumo inviável para milhões de brasileiros.