A Polícia Civil do Rio de Janeiro, em parceria com o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) e polícias civis de outros estados, realizou nesta quinta-feira (16) uma operação contra um grupo nazista que incitava e planejava atos criminosos contra judeus e negros, além de disseminar ódio contra esses grupos.
Ao todo, 4 pessoas, que não tiveram os nomes revelados, foram presas. As prisões se deram em Campos dos Goytacazes e Valença (RJ), e em Campinas e Suzano (SP).
Além das detenções, foram expedidos 31 mandados de busca e materiais como facões, armas de airsoft, arco e flecha, além de livros sobre Adolf Hitler e satanismo foram apreendidos no Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Minas Gerais, Rio Grande do Norte, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
Atos criminosos
Segundo o MPRJ, integrantes deste grupo nazista planejavam, inclusive, comprar armas de fogo para cometer atos criminosos.
"Durante a investigação, com a quebra de sigilo de dados e telefônicos autorizados pela Justiça, foi possível identificar a existência de grupos de indivíduos que se autodeclaram nazistas e ultranacionalistas, associados para praticar e incitar atos criminosos. Os investigados, alguns adolescentes, publicam em redes sociais e em aplicativos de mensagens diversas fotografias, imagens e textos de cunho racista, homofóbico, antissemita ou nazista e falam abertamente sobre a prática de violência contra essas populações", diz a procuradoria.
O nome da operação, batizada de Bergon, faz referência à freira francesa Denise Bergon, que desafiou nazistas ao abrigar e salvar a vida de dezenas de crianças judias durante a Segunda Guerra Mundial.