Mulher que vivia em situação análoga à escravidão no MS diz que era seguida pela patroa na rua

"Trabalhava de manhã, de tarde e de noite: 24 horas. Estava sendo tratada como escrava", conta a vítima. Autora do crime não foi localizada pela polícia

Imagem: Reprodução/Polícia Civil
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Uma mulher de 34 anos foi resgatada em Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, após viver cerca de nove meses em situação análoga à escravidão. Ela conta que, além de trabalhar "24 horas por dia", era seguida pela patroa na rua durante saídas para ir à igreja.

"Eu passava, lavava, fazia uns trens lá, limpava a casa dela inteira. Trabalhava de manhã, de tarde e de noite: 24 horas. Estava sendo tratada como escrava", afirmou à TV Globo. "Eu saia para ir na igreja, ela pegava o carro e me seguia. Aí [depois do culto] ela mandava eu entrar no carro e trazia para a casa dela de volta", completou.

Contudo, foi em uma das idas para a igreja que Cíntia conseguiu fugir. No dia 21 de março, um domingo, ela se perdeu na rua e pediu socorro. A Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher em Campo Grande foi acionada. A autora do crime ainda não foi localizada.

A mãe de Cíntia também teria trabalhado por nove anos para a mesma patroa. Durante o período, ela não teve carteira assinada, mas recebia salário. A informação é do UOL.