Viúva do miliciano Adriano da Nóbrega tem prisão preventiva revogada

O ministro Reynaldo Soares da Fonseca, do STJ, decidiu pelo recolhimento domiciliar e utilização de tornozeleira eletrônica

Julia Lotufo e Adriano da Nóbrega - Foto: Reprodução
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Julia Emília Mello Lotufo, viúva do miliciano Adriano da Nóbrega, teve sua prisão preventiva revogada pelo ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Reynaldo Soares da Fonseca. Ela era alvo de pedido de prisão do Ministério Público do Rio (MP-RJ) sob acusação de associação criminosa e lavagem de dinheiro.

O ministro decidiu pelo recolhimento domiciliar e utilização de tornozeleira eletrônica, de acordo com reportagem de Aguirre Talento, em O Globo.

Na avaliação de Fonseca, os crimes atribuídos a Julia Lotufo não envolvem violência ou grave ameaça. Além disso, justificou a decisão pelo fato de a viúva ser mãe e responsável por uma menina de 9 anos, com problemas de saúde.

“Assim sendo, a fim de proteger a integridade física e emocional da filha menor e pela urgência que a medida requer, mister autorizar a substituição da prisão preventiva pela domiciliar”, determinou.

No dia 22 de março, o MP-RJ tentou prender Julia, durante a Operação Gárgula. No entanto, não conseguiu localizá-la e ela passou a ser considerada foragida.

Relação com Bolsonaros

Adriano da Nóbrega foi morto pela Polícia Militar (PM) da Bahia, em fevereiro de 2020, durante ação para tentar prendê-lo.

Investigação que cobre o período de fuga do miliciano aponta que seus familiares tinham celulares exclusivos para manter contato com ele. O fato confirma o método de contato apontado (ponto-a-ponto) pelo MP-RJ entre pessoas ligadas ao senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) e Nóbrega.

Cabe lembrar que Adriano Nóbrega era amigo e foi companheiro de batalhão de Fabrício Queiroz, amigo de Jair Bolsonaro e apontado como o operador financeiro da “rachadinha” no gabinete de Flávio Bolsonaro na Assembleia do Rio, quando o senador era deputado estadual.