Ex-esposa de Marcos Rogério, que defende Bolsonaro e cloroquina na CPI, ganhou cargo em agência do governo

Senador tem sido um dos personagens que defende cloroquina e promove fake news na CPI da Covid, e compõe a base evangélica que dá sustentação ao governo Bolsonaro

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Jornalista (USJ), mestre em Comunicação e Semiótica (PUC-SP) e doutor em Ciências Socais (PUC-SP). Professor convidado do Cogeae/PUC e pesquisador do Núcleo Inanna de Pesquisas sobre Sexualidades, Feminismos, Gêneros e Diferenças (NIP-PUC-SP). É autor do livro “A construção da heternormatividade em personagens gays na televenovela” (Novas Edições Acadêmicas) e um dos autores de “O rosa, o azul e as mil cores do arco-íris: Gêneros, corpos e sexualidades na formação docente” (AnnaBlume).
Ex-esposa de Marcos Rogério, que defende Bolsonaro e cloroquina na CPI, ganhou cargo em agência do governo
Foto: Agência Senado.

Defensor da "sociedade de bem" e contra a corrupção, o senador Marcos Rogério é acusado de ter exercido influência em uma nomeação na Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), em junho de 2020. Trata-se da nomeação da engenheira civil Andréia Schmidt para ocupar uma função comissionada na assessoria direta do diretor Efraín Cruz.

Andréia Schmidt é ex-esposa do senador Marcos Rogério da Silva Brito que, à época era presidente da Comissão de Infraestrutura do Senado Federal e que, por sua vez, tem a responsabilidade de aprovar ou não as indicações de todos os nomes que vão compor a diretoria da Aneel.

Segundo o site Paranoá Energia, Marcos Rogério é um senador com muita influência e que Efraín "fez um favor à pessoa certa". Rogério é filiado ao partido Democratas (DEM) de Rondônia e integra a base evangélica que dá sustentação ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

O senador Marcos Rogério e o diretor da Aneel, Efraim, possuem interesses em comum que vão além do setor elétrico e que possuem raízes em Rondônia. Efraín saiu de Porto Velho, onde trabalhava em uma concessionária chamada Ceron (que estava falida e depois foi absorvida pelo Grupo Energisa) e passou a ocupar o cargo de diretor da Aneel, em Brasília, por indicação política. À época de sua indicação, afirmou-se que ele tinha sido apadrinhado pelo senador Waldir Raupp, influente político do MDB de Rondônia.

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