COVID-19

Bolsonaro veta salário-maternidade e obriga grávidas a voltarem ao trabalho na pandemia

Presidente também vetou o salário-maternidade em caso de aborto espontâneo

Créditos: Isac Nóbrega/PR/Pixabay
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O presidente Jair Bolsonaro (PL) sancionou nesta quinta-feira (10) o projeto de lei que estipula a volta das gestantes ao trabalho presencial após a imunização contra a Covid-19. A proposta havia sido aprovada pela Câmara dos Deputados no dia 16 de fevereiro.

Bolsonaro vetou, no entanto, o trecho que contemplaria com um salário-maternidade grávidas que iniciaram a imunização, mas ainda não tomaram a segunda dose da vacina e fazem funções consideradas "incompatíveis" com o trabalho remoto e, portanto, teriam sua gravidez considerada de risco.

Ou seja, gestantes que não completaram a vacinação não terão mais direito a ganhar o benefício até que tomem a segunda dose e, por isso, serão obrigadas a retornar ao trabalho.

O presidente também vetou o salário-maternidade em caso de aborto espontâneo. Pelo projeto, as grávidas receberiam o benefício nas duas semanas de afastamento garantidas pela CLT.

Dessa forma, as gestantes deverão retornar ao trabalho presencial nas seguintes hipóteses:

  • vacinação completa contra a Covid-19;
  • após o fim do estado de emergência de saúde pública causado pelo novo coronavírus;
  • caso opte por não se vacinar, a gestante deverá assinar um termo de responsabilidade para retornar ao trabalho.