VEREADOR BOLSONARISTA

Vídeos sexuais de Gabriel Monteiro: Deputado fala em “menores” e gravação não consensual

Cenas circulam nas redes há alguns dias. Giovani Ratinho (Pros), deputado do Rio, entregou material à polícia, na Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima (DCAV). Vereador diz que arquivos foram vazados e que é vítima

Vereador Gabriel Monteiro e o deputado estadual Giovani Ratinho (Redes sociais e YouTube).
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Os vídeos em que o vereador carioca Gabriel Monteiro (PSD) aparece fazendo sexo com mulheres foram parar na polícia. As cenas, que circulam na internet nos últimos dias, foram enviadas ao gabinete do deputado estadual Giovani Ratinho (Pros), que informou tê-las encaminhado para a Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima (DCAV), já que, segundo palavras do parlamentar, “aparentemente, há menores” nas imagens. Seriam seis vídeos no total e em pelo menos três deles as mulheres afirmariam não quererem ser gravadas.

"Trouxe vídeos que recebi anonimamente no meu gabinete avançado em São João de Meriti. Aparentemente, parecem ser menores de idade", afirmou Ratinho

Gabriel Monteiro entrou para as páginas policiais do noticiário desde o último domingo (27), após uma reportagem do televisivo Fantástico, da TV Globo, mostrar ex-funcionários de seu gabinete o acusando de vários crimes, como assédio sexual, moral e até estupro. Também foram veiculadas cenas que comprovariam que muitos vídeos que o vereador bolsonarista ultrarreacionário divulga nas redes são, na verdade, forjados.

Com relação aos vídeos íntimos, Monteiro afirma não ter vazado as imagens e diz que já denunciou duas pessoas que teriam feito isso, e que, portanto, seria vítima também.

"Tem RO (registro de ocorrência) feito por mim apontando duas pessoas como possíveis indicados e vou trabalhar para mostrar que sou vítima nesse caso", disse o bolsonarista.

A Comissão de Ética da Câmara de Vereadores do Rio de Janeiro, que se reuniu na tarde desta terça-feira (29), decidiu adiar a decisão de abrir ou não um processo contra Gabriel Monteiro, com o argumento de que dessa forma terão mais tempo para “analisar e coletar provas de forma mais tranquila”. O acusado tem mantido o mesmo discurso e diz não temer as investigações.

"Estou muito feliz de estar tendo essa reunião porque eu preciso do meu direito da ampla defesa e contraditório. Eu não temo nada. As verdades já estão expostas nas redes sociais. Então, tem que ter reunião do Conselho de Ética, tem que ter avaliação, e quem não cometeu nenhum crime está aqui para mostrar a verdade", rebate Gabriel Monteiro.