POSTOU E APAGOU

Gleisi chama ex-secretário de MG que atacou Dilma de "fascista" e avisa: "Não adianta correr"

Médico Carlos Eduardo Amaral, demitido da Saúde de MG sob acusação de furar fila da vacina, incitou agressão contra Dilma e apagou a postagem; agora, será alvo de processo do PT e da própria ex-presidenta

Gleisi Hoffmann anuncia medidas judiciais contra Carlos Eduardo Amaral, que atacou Dilma.Créditos: Reprodução
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A presidenta nacional do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann (PR), anunciou nesta quarta-feira (30) que acionará a Justiça contra o médico Carlos Eduardo Amaral, ex-secretário de Saúde de Minas Gerais, por conta incitação à violência que fez contra a ex-presidenta Dilma Rousseff (PT) disfarçada de piada

Amaral usou o fato do ator Will Smith ter dado um tapa no rosto de Chris Rock durante a cerimônia do Oscar para atacar Dilma. "Falou besteira leva um tapa? Se essa moda pega!", diz frase em uma imagem postada por Amaral em que o rosto de Dilma aparece com ferimentos e curativos. A foto, evidentemente, foi manipulada com edição. 

Diante da repercussão negativa, o ex-secretário apagou a postagem. Gleisi Hoffmann, no entanto, avisou que "não adianta correr". "Misoginia, preconceito e violência não têm limites para essa gente fascista. São uns covardes, como esse Carlos Eduardo Amaral, ex-secretário do Zema, que postou incitação contra Dilma e depois apagou. Não adianta correr: responder judicialmente pelo crime", anunciou a parlamentar. Antes, a assessoria da própria ex-presidenta Dilma Rousseff informou à Fórum que processará Amaral. 

Desde que fez a postagem, na terça-feira (30), o médico, bastante ativo nas redes sociais, "sumiu". Centenas de internautas têm lotado os espaços de comentários de suas publicações repudiando seu ataque à Dilma. 

Fura-fila de vacina 

Carlos Eduardo Amaral foi demitido da secretaria de Saúde de Minas Gerais pelo governador Romeu Zema (Novo), em março de 2021, após acusação de ter furado a fila da aplicação da vacina contra a Covid-19. O ex-secretário, inclusive, foi denunciado pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) por peculato.