VIOLÊNCIA

Coronel da PM: aumento de crimes em alguns locais é resultado da ação da polícia em outros

Moradores de São Paulo têm tomado medidas como avisos com placas, megafone e apitaço para tentar conter assaltos

PM de São Paulo.Créditos: Divulgação
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O coronel Álvaro Batista Camilo, secretário executivo da Polícia Militar de São Paulo, afirma que o aumento de roubos e assaltos em algumas regiões de São Paulo é resultado da atuação da polícia em bairros como Morumbi, Moema e no centro

“Fizemos operações muito fortes no Morumbi, em Moema e no centro. Com isso, os criminosos procuram outros locais. E o policiamento acompanha”, afirma o secretário ao Estadão.

A Secretaria de Segurança Pública iniciou, nesta semana, a campanha “Capital mais segura”. O objetivo é atuar de maneira mais intensa, com equipes das áreas administrativas, além de tropas especiais. O foco são os crimes praticados de moto.

Moradores por conta própria

Moradores e comerciantes têm tomado medidas para alertar a população sobre áreas com maior incidência de assaltos na região central paulistana. Megafones avisam quem passeia no Minhocão sobre o risco de assaltos com bicicletas nos fins de semana; condôminos do Largo do Arouche vão usar apitos para espantar os criminosos. Na Santa Cecília, comerciantes colocaram placas em uma praça com a frase “zona de risco – fique atento ao seu celular”.

Ao comentar as ações dos moradores, o coronel Camilo diz que as informações precisam chegar à polícia.

“A gente gostaria que as ações chegassem aos Consegs. Aonde tiver isso (placa), a população pode contar com a polícia para uma ação maior, a fim de que essa insegurança diminua ou seja eliminada”, diz. “As pessoas têm direito de se manifestar. A Polícia entende isso. A gente vê essas ações. É importante a informação chegar para a polícia para que ela possa atuar para mudar a situação”, avalia.

Ele ainda nega a redução do policiamento em algumas regiões. “Em alguns casos, as pessoas que presenciam ou são vítimas de algum ato de violência ficam impactadas de tal forma que isso traz uma percepção de insegurança e de menos policiamento”, analisa. 

Com informações do Estadão