MAMATA

Gusttavo Lima cobra cachê de R$ 1,2 milhão para apresentação em MG

Em meio à polêmica de patrocínios públicos aos shows sertanejos, a Prefeitura de Conceição do Mato Dentro celebra contrato milionário com o artista que está na mira do MP

Gusttavo Lima cobrou cachê de R$1,2 milhão para show em Conceição do Mato DentroCréditos: Divulgação
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Em meio à polêmica de patrocínios públicos aos shows sertanejos, a Prefeitura de Conceição do Mato Dentro, município localizado a 167 quilômetros de Belo Horizonte, vai desembolsar R$ 1,2 milhão para levar o show do cantor Gusttavo Lima.

O município de 17 mil habitantes celebrou contrato milionário com a empresa do artista, a Balada Eventos e Produções Ltda, com sede em Goiânia (GO).

A divulgação do show do cantor no próximo dia 20 de junho, ocorre após Gusttavo Lima entrar na mira do Ministério Público (MP) por ter cobrado cachê de  R$ 800 mil para se apresentar em uma vaquejada em São Luiz, município de cerca de 8 mil habitantes, ao Sul de Roraima.

Em Minas Gerais, o show do artista integra a programação do evento intitulado 32ª Cavalgada do Jubileu do Senhor Bom Jesus do Matozinhos.

De acordo com o contrato de prestação de serviços, o pagamento foi dividido em duas parcelas: 50% na assinatura do contrato (R$ 600 mil) e a outra metade (R$ 600 mil) em 15 de junho - cinco dias antes da apresentação do sertanejo.

O vereador da cidade, Sidnei Seabra da Silva, encaminhou um ofício ao Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) denunciando que o valor astronômico estabelecido no contrato entre a prefeitura e a empresa que representa Gusttavo Lima provém de recursos da Compensação Financeira pela Exploração Mineral (CFEM).  Segundo ele, configura  manobra que caracterizaria improbidade administrativa.

A assessoria da Prefeitura de Conceição do Mato Dentro por sua vez,  afirmou que “a presente contratação foi realizada dentro da legalidade e, neste sentido, as respostas já foram devidamente encaminhadas aos órgãos de controle”.

Já o Ministério Público disse, por meio de nota, que a representação da Câmara Municipal gerou uma “Notícia de Fato”. “Trata-se de um procedimento instaurado para verificar se há elementos que justifiquem a abertura de uma investigação pelo MPMG (inquérito civil). Não há mais detalhes a serem fornecidos no momento”.

 

 

 

 

Com informações do Estado de Minas