TRAGÉDIA

Após matar o filho, pai alega acidente em carta e tenta suicídio

O homem é atirador esportivo, atividade estimulada por Bolsonaro, e possui quatro armas de fogo registradas em seu nome

A arma que matou a criança.Créditos: Reprodução/TV Anhanguera
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Uma tragédia chocou os moradores de Formosa, próximo do Distrito Federal. Um menino de 11 anos morreu depois de ser alvejado por um tiro disparado pelo próprio pai, dentro de casa, nesta sexta (27).

 O homem, de 41 anos, desesperado, escreveu uma carta com pedido de perdão, alegou que foi um acidente e, em seguida, atirou no próprio rosto. Acionada, a Polícia Militar (PM) encontrou-o consciente e o levou a um hospital.

“O pai, a princípio, não corre risco de morte. Mas os policiais encontraram uma cena muito triste: o pai com um tiro no rosto segurando o filho no colo. Ele estava desesperado e correu pela casa com o menino��, relatou o delegado Danilo Meneses, ao G1.

O nome do homem não foi relevado pela polícia. Por isso, não foi possível atualizar o estado de saúde dele.

Polícia investiga o caso como acidental

A Polícia Civil, inicialmente, investiga o caso como tiro acidental. O delegado disse que policiais militares chegaram ao local e ouviram o barulho do segundo tiro, disparado pelo pai em seu próprio rosto.

“Foi acidente. Matei meu filho. Deixa eu morrer. Matei meu filho por acidente. Peço perdão”, escreveu o pai.

Reprodução/TV Anhanguera

O homem é atirador esportivo, atividade estimulada por Jair Bolsonaro (PL), e trabalha como autônomo. Segundo o delegado, ele possui quatro armas de fogo registradas em seu nome. Porém, por dificuldades financeiras, teve de vender uma espingarda calibre 12.

“Ele ia tirar uma foto da arma que estava vendendo, que é legalizada, e o filho estava por perto. Possivelmente, ele acionou o gatilho sem perceber”, declarou.