ATRÁS DAS GRADES

Justiça determina prisão preventiva de procurador que espancou chefe

Demétrius Oliveira de Macedo ainda não se apresentou à Polícia Civil para ser encaminhado à cadeia. Ele também não constituiu advogado e segue com paradeiro desconhecido

Créditos: Reprodução/Twitter
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O juiz da 1ª Vara Criminal do fórum de Registro (SP) autorizou o pedido de prisão preventiva feito pelo delegado Daniel Vaz Rocha, do 1° Distrito Policial da cidade, contra o procurador municipal Demétrius Oliveira de Macedo, de 34 anos, que espancou brutalmente sua chefe, a procuradora-geral de Registro Gabriela Samadello Monteiro de Barros, de 39 anos, na tarde de segunda-feira (2). A agressão, que foi filmada por colegas dos dois, dentro da Procuradoria Municipal, viralizou nas redes sociais e gerou uma imensa onda de indignação e revolta.

Vaz Rocha usou como argumento, no pedido feito ao magistrado, o fato de que o agressor “vem tendo sérios problemas de relacionamento com mulheres no ambiente de trabalho, sendo que, em liberdade, expõe a perigo a vida delas, e consequentemente, a ordem pública”.

O caso gerou tanta repercussão que até o governador do Estado de São Paulo, Rodrigo Garcia (PSDB), em visita oficial às cidades de Peruíbe e São Vicente, na Baixada Santista, se pronunciou sobre o bárbaro episódio.

“A agressão do procurador de Registro a uma colega não ficará impune. A Polícia Civil acaba de pedir a prisão do agressor Demétrius Macedo. Que a Justiça faça a sua parte e puna todo e qualquer covarde que agrida uma mulher”, disse o governador.

Num primeiro momento, logo após as agressões, Demétrius Oliveira de Macedo foi posto em liberdade pelo delegado de plantão, Fernando Carvalho Gregório, que assumiu a lavratura do boletim de ocorrência, sob a alegação de que “não havia flagrante”. A decisão absurda revoltou as vítimas e a opinião pública, uma vez que o crime havia acabado de ocorrer, a procuradora-geral estava toda machucada e ensanguentada e o espancamento fora registrado em vídeo.