AMAZÔNIA

“Aventura não recomendável é ter Bolsonaro na presidência”, rebate coletivo

Em relação ao desaparecimento de indigenista e jornalista no AM, o presidente disse: “É uma aventura que não é recomendável. Pode ser que tenham sido executados”

Bolsonaro: "Pode ser acidente, pode ser que eles tenham sido executados".Créditos: Alan Santos/PR
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O coletivo Judeus pela Democracia rebateu a declaração infeliz de Jair Bolsonaro (PL) a respeito do desaparecimento do indigenista Bruno Pereira e do jornalista Dom Phillips, do The Guardian, no Vale do Javari, Amazonas.

Aventura não recomendável é ter uma pessoa como Bolsonaro na presidência”, publicou o coletivo, que ainda acrescentou: “Bruno Pereira e Dom Phillips estavam trabalhando, algo que este sujeitinho covarde nunca fez”.

Em entrevista ao SBT, Bolsonaro fez declarações infelizes sobre o caso, nesta terça-feira (7).

“O que nós sabemos, até o momento, é que no meio do caminho teriam se encontrado com duas pessoas, que já estão detidas pela Polícia Federal, estão sendo investigadas. E realmente duas pessoas apenas num barco, numa região daquela, completamente selvagem, é uma aventura que não é recomendável que se faça. Tudo pode acontecer. Pode ser acidente, pode ser que eles tenham sido executados, a gente espera e pede a Deus para que sejam encontrados brevemente".

Dupla era alvo de ameaças de criminosos

Bruno Araújo Pereira, servidor de carreira da Fundação Nacional do Índio (Funai), e o jornalista Dom Phillips, colaborador do The Guardian no Brasil, estão desaparecidos desde domingo (5), quando retornavam de um trabalho de campo no Vale do Javari, município de Atalaia do Norte.

Segundo informe da Univaja, Bruno Pereira era alvo de ameaças de madeireiros, garimpeiros, pescadores ilegais e traficantes. Pereira e Phillips foram vistos pela última vez neste domingo no trajeto entre a comunidade Ribeirinha São Rafael e a sedo Atalaia do Norte.