MOMENTO MARCANTE

A reação do homem que presenteou Lula com a caneta usada na posse

Ao assinar o termo de posse, presidente contou história sobre o significado especial da caneta que estava utilizando

Fernando Menezes é o homem que presentou Lula com a caneta usada para assinar o termo de posse.Créditos: Reprodução/Câmara dos Deputados
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A cerimônia de posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) neste domingo (1) já é considerada histórica e teve vários momentos marcantes. Um deles foi durante a sessão solene no Congresso Nacional, quando o mandatário, ao assinar o termo de posse, mostrou a caneta que utilizaria para cumprir o ato e contou a história sobre o significado especial que o objeto tem para ele. 

Segundo Lula, a caneta foi um presente que recebeu de um piauiense em 1989. "Eu estou vendo aqui o ex-governador do Piauí, companheiro Wellington [Dias], eu queria contar uma história. Em 1989, eu estava fazendo comício no Piauí. Foi um grande comício, depois fomos caminhar até a igreja São Benedito. Ao terminar o comício, um cidadão me deu essa caneta e disse que era para eu assinar a posse, se eu ganhasse as eleições de 1989", declarou Lula. 

E prosseguiu: "Eu não ganhei as eleições de 1989, não ganhei em 1994, não ganhei em 1998. Em 2002, eu ganhei as eleições e, quando cheguei aqui, tinha esquecido a minha caneta e usei a do senador Ramez Tebet". 

"Em 2006, assinei com a caneta aqui do Senado. Agora, eu encontrei a caneta. E essa caneta aqui, Wellington, é uma homenagem ao povo do Piauí", concluiu o mandatário. 

Todo o relato de Lula foi acompanhado pela televisão por Fernando Menezes, de 68 anos, o homem que presenteou Lula com a caneta. Ao portal UOL, ele disse que chorou de emoção quando viu a cena. 

"Quase caí da cadeira. É a história mais bonita da minha vida", disse o petista, que assistiu à cerimônia de posse em sua casa na cidade de Altos, a 41 km de Teresina, capital do Piauí. 

Fernando, que é servidor da Universidade Estadual  do Piauí (Uespi), confirmou a história contada por Lula, apesar de não se lembrar exatamente do ano em que dividiu o momento com o hoje presidente. Ele se lembra que, à época, o ex-metalúrgico fazia uma caravana e passava pelo Piauí para preparar sua candidatura à presidência. 

"Caminhávamos pelas ruas de Teresina. Estavam presentes o Antônio José Medeiros, Marcelino Fonteles, Meireles, Josué e outros petistas. Queria dar de presente uma caneta, pois sabia que Lula um dia iria ser Presidente da República. Dei a caneta e disse que era para ele assinar a ata de posse quando fosse eleito", contou.