Foi suspenso pela Justiça de São Paulo o processo contra Thiago Schutz, conhecido como "coach do Campari", por crimes de ameaça e violência psicológica contra a atriz Livia La Gatto e a cantora Bruna Volpi.
Segundo informações das duas partes envolvidas, o Ministério Público reconheceu que atriz foi ameaçada, mas sugeriu a suspensão em julgamento realizado nesta sexta-feira (10).
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Iberê Bandeira de Mello, advogado que representa a atriz no caso, afirmou que irá recorrer após decisão.
Suspensão do processo foi concedida conforme prevê o artigo 89 do Juizado Especial Criminal — JECRIM. "O Ministério Público sugeriu a suspensão, pois entendeu que isso era o suficiente, ainda como punição e lição, para ele não cometer mais crimes", analisou Iberê.
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Ação pode ser reaberta caso o influencer cometa um novo crime nos próximos 24 meses. Caso contrário, o processo é automaticamente extinto ao final do período.
Punição irrisória
O Ministério Público sugeriu apenas uma punição irrisória, segundo a defesa de Livia. "O processo está suspenso mediante duas condições: ele não pode se ausentar de sua comarca sem autorização judicial e precisa comparecer em vara para assinatura de ata a cada bimestre durante dois anos", explicou Iberê Bandeira de Mello. A informação foi confirmada pela defesa de Thiago Schutz.
A defesa de coach do Campari também se manifestou sobre decisão:
"Thiago foi acusado injustamente por Lívia La Gatto e Bruna Volpi dos crimes de ameaça e violência psicológica. Conforme esperado pela defesa do influenciador, tanto Ministério Público quanto juízo agiram brilhantemente de forma legalista. [...] A defesa informa que o processo ainda segue em segredo de Justiça".
"Ela quer uma punição que faça o influenciador sair da posição de agressor de mulheres. Chamamos de 'desincentivo'. É o que ele precisa para parar de cometer crimes. Ele faz o mesmo com mulheres em geral, basta ver as páginas dele", afirmou por sua vez Iberê.
Veja a decisão do Tribunal de Justiça de São Paulo abaixo:
"No início da audiência de hoje (9/11), o Ministério Público, titular da ação, ofereceu ao réu a suspensão condicional do processo (Lei 9.099/95). Sendo assim, ele terá que cumprir as seguintes obrigações:
comparecimento bimestral em cartório para assinar o termo do acordo;
proibição de ausentar-se da comarca onde reside sem autorização do juízo e informar eventual mudança de endereço. O cumprimento é pelo prazo de dois anos. Com isso, as vítimas e testemunhas não chegaram a ser ouvidas. Se o réu tiver cumprido integralmente as condições ao final do prazo de dois anos, haverá extinção da punibilidade. Porém, se ele descumprir alguma das condições impostas, é revogada a suspensão e o processo segue seu curso normal"
Thiago Schutz ameaça de morte atriz
No começo deste ano, Thiago Schutz não gostou de uma paródia que a atriz Livia La Gatto fez de um de seus vídeos e a ameaçou de morte.
Em mensagem enviada por inbox a Lívia La Gatto, Thiago Schutz afirmou: "Você tem 24 horas para retirar seu conteúdo sobre mim. Depois disso, processo ou bala. Você escolhe", disse em mensagem privada pelas redes sociais da atriz.
Por conta dessa ameaça, o Ministério Público de São Paulo, em março deste ano, denunciou Schutz por ameaça contra a atriz. A audiência desta quinta-feira (9) anulou o processo.