O Fórum Brasileiro de Segurança Pública divulgou, nesta quinta-feira (20), dados do seu Anuário que mostram quais são as cidades mais violentas do Brasil. A análise leva em consideração os municípios com mais de 100 mil habitantes em 2022.
O ranking, que apresenta surpresas, tem como referência as taxas de mortes violentas intencionais, divulgadas pelas secretarias de segurança pública de cada estado.
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Das dez cidades mais violentas, a Bahia tem seis, com as quatro principais: Jequié, Santo Antônio de Jesus, Simões Filho e Camaçari. Além dessas, ainda aparecem Feira de Santana em 9º e Juazeiro em 10º.
Lista completa das dez primeiras com a taxa de mortes violentas intencionais em 2022:
1-Jequié (BA), 88,8;
2-Santo Antônio de Jesus (BA), 88,3;
3-Simões Filho (BA), 87,4;
4-Camaçari (BA), 82,1;
5-Cabo de Santo Agostinho PE), 81,2;
6-Sorriso (MT), 70,5;
7-Altamira (PA), 70,5;
8-Macapá (AP), 70,0;
9-Feira de Santana (BA), 68,5;
10-Juazeiro (BA), 68,3.
Em que se baseia o levantamento
As mortes violentas intencionais consideram os crimes de homicídio doloso, latrocínio, lesão corporal seguida de morte e feminicídio. O país registrou queda de 2,4% nas mortes violentas intencionais de 2022 em relação a 2021: de 48,4 mil para 47,5 mil.
Em um recorte por região, das cinco no Brasil, três tiveram alta nas mortes violentas intencionais: Sul (3,4%), Norte (2,7%) e Centro-Oeste (0,8%). As quedas ocorreram no Nordeste (-4,5%) e no Sudeste (-2%), o que pesou mais na redução geral dos números no país. O Anuário classificou o total das 50 cidades mais violentas do país.
A ação policial entra nas estatísticas, tanto a letalidade (quando os policiais matam), quanto a mortalidade (quando são mortos). As polícias do Brasil assassinaram 6.430 pessoas durante o serviço ou em horário de folga em 2022. O número representa 17 vítimas de policiais por dia.
O ministro da Justiça, Flávio Dino, postou, nesta quinta, em rede social, uma lista de ações planejadas pelo governo Lula (PT) para combater o avanço dos crimes violentos, como estupro, e de casos de estelionato e racismo.