Moradores do bairro Sarandi, em Porto Alegre (RS), foram agredidos pela Polícia Militar (PM) por realizarem uma manifestação contra a demolição de suas casas. Em um vídeo divulgado pela deputada estadual Laura Sito (PT-RS), que acompanhou a situação do local, é possível ver agentes da PM jogando spray de pimenta e bombas de gás.
Na comunidade está localizado um dique que será fechado para tentar conter as enchentes que atingem a cidade. No entanto, diversas famílias moram no local e tentam negociar com a prefeitura de Sebastião Melo (MDB) a garantia de que terão para onde ir após a demolição.
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No entanto, os moradores foram tratados com violência pela PM. Veja o vídeo abaixo:
"É óbvio que precisa fechar o dique, mas infelizmente a prefeitura age com violência, bala de borracha e gás de pimenta nas pessoas que estão se manifestando, querendo a garantia de que saindo daqui, elas terão casas", afirma a deputada, que também é presidenta da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul.
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Ela também reforça que a sociedade age como se as pessoas morassem em locais de risco por escolha e não por necessidade. "O poder público precisa garantir condições dignas [...] Mas infelizmente a prefeitura não consegue dialogar com essas pessoas com dignidade", finalizou a deputada.
Melo não informa dados e necessitados deixam de receber benefício
Segundo o Ministério Extraordinário da Reconstrução, a administração do prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo, não enviou ao governo federal os dados necessários dos mais de 150 mil habitantes da cidade atingidos pelos temporais que castigaram o Rio Grande do Sul.
Por causa disso, nenhuma família habilitada para receber os R$ 5,1 mil do Auxílio Reconstrução no primeiro lote de pagamento, liberado na segunda-feira (27), teve acesso ao benefício.
Ao tentarem se cadastrar, moradores de Porto Alegre receberam a seguinte mensagem: “CPF não cadastrado pela prefeitura. A prefeitura da cidade onde você mora não cadastrou sua família. Solicite o cadastro”.
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