Em meio à tragédia provocada pelas cheias no Rio Grande do Sul, que já deixaram dezenas de mortos e milhares de desabrigados, uma cena ocorrida na madrugada deste sábado (4), no município de Canoas, tem emocionado as redes sociais no Brasil e no mundo.
O fato ocorreu em torno da meia-noite, no bairro Mathias Velho. Voluntários com água pela cintura formaram uma espécie de “cordão humano” para puxar barcos que traziam pessoas ilhadas pelas cheias.
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A cena se repetia diversas vezes e, a cada vez que a operação era bem sucedida, tudo era comemorado por aplausos.
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A tragédia
No Rio Grande do Sul a coisa só piora. Este é o quarto desastre climático a atingir o estado em menos de um ano. No ano passado, ocorreram tragédias em junho, setembro e novembro, deixando, somadas, 75 mortos.
No caso atual, este sozinho já conta com 55 mortos, 74 desaparecidos e 107 pessoas feridas e 82,5 mil pessoas fora de casa. Destas, 13,3 mil estão em abrigos e 69,2 mil desalojadas nas casas de familiares ou amigos.
Ao todo, 317 dos 496 municípios do estado registraram algum tipo de problema, afetando 510,5 mil pessoas.
Segundo o governador Eduardo Leite (PSDB), este é o "maior desastre climático do estado". O nível do Guaíba, em Porto Alegre, ultrapassou os 5 metros e superou de longe o nível da cheia histórica de 1941, que foi de 4,76 metros.
"Mais de 150 pontos de pontes, estradas que foram rompidas, deslizamentos de terra e tantos outros que ainda vão acontecer. Já é e será o pior desastre climático do nosso estado, e a gente precisa evitar perdas de vidas neste momento", disse o governador.
Inundação extrema
A Defesa Civil do Rio Grande do Sul divulgou no começo da noite deste sábado (4) um alerta de “inundação extrema” na Região Metropolitana de Porto Alegre. Com o aviso também publicou um mapa que mostra as áreas de risco e pediu que os moradores evacuem a região.
“Procure informações junto à Defesa Civil da sua cidade a respeito de abrigos públicos, rotas de fuga e não atravesse alagamentos a pé, ou mesmo de carro. Preste auxílio a pessoas vulneráveis, apoiando o deslocamento de idosos, pessoas doentes ou com dificuldades de mobilidade. Se não tiver condições de levar seus animais domésticos, deixe-os sem as guias em locais abertos”, diz o apelo do órgão.