GOLPE?

Justiça: Santander pede sequestro de bens de Jair Renan Bolsonaro por calote de R$ 360 mil

Ele já foi denunciado por lavagem de dinheiro e fraude. Banco quer que filho 04 do ex-presidente Jair Bolsonaro pague dívida contraída por meio de empréstimos

Créditos: Divulgação/Instagram
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O banco Santander foi à Justiça do Distrito Federal nesta quinta-feira (6) e exigiu da 1ª Vara Cível de Brasília o sequestro dos bens de Jair Renan Bolsonaro, o filho 04 do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), para que assim consiga receber os R$ 360 mil do calote aplicado pelo jovem extremista, que contraiu empréstimos na instituição financeira e não saldou a dívida.

Com o processo em andamento, oficiais de Justiça tentaram intimar Jair Renan nas últimas semanas, em diferentes endereços, como o da casa dele, no Lago Sul, assim como no Estádio Mané Garrincha, onde ficava a empresa a Esfera Arena e Negócios, de sua propriedade. No entanto, o rebento mais jovem do líder da extrema direita brasileira não foi encontrado em nenhum desses locais. O jurídico do Santander, então, notando que não seria possível chamá-lo para uma negociação, resolveu pedir a apreensão dos bens e patrimônio dele.

Na petição atual, o banco pede uma pesquisa de bens para que sejam encontrados os ativos financeiros que estejam no nome de Jair Renan, para que assim possam ser repassados ao Santander, por ordem judicial, para que o calote seja quitado.

Indiciado por lavagem de dinheiro e fraude

O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) denunciou Jair Renan Bolsonaro em 20 de março deste ano pelos crimes de lavagem de dinheiro, falsidade ideológica e uso de documento falso envolvendo um caso de fraude no qual o “terror do condomínio”, como seu certa vez seu pai o apelidou, contraiu um empréstimo bancário vultoso com documentação fraudulenta, que não foi pago ao credor posteriormente. Os valores somados chegam a mais de R$ 360 mil.

Jair Renan, conforme denúncia do MPDFT, apresentou uma declaração de faturamento da empresa Bolsonaro Jr. Eventos no valor de R$ 4,6 milhões, muito acima da realidade, para conseguir um crédito muito maior junto a instituições financeiras. O golpe, ainda de acordo com os promotores, teria sido aplicado em conjunto com o sócio do filho mais novo de Bolsonaro, identificado como Maciel Alves.

“Não há dúvidas de que as duas declarações de faturamento apresentadas ao banco são falsas, por diversos aspectos, tanto material, em razão das falsas assinaturas do Técnico em Contabilidade... Que foi reinquirido e negou veementemente ter feito as rubricas, quanto ideológico, na medida em que o representante legal da empresa RB Eventos e Mídia fez inserir nos documentos particulares informações inverídicas consistentes nos falaciosos faturamentos anuais", diz o trecho do relatório com a denúncia do MPDFT.

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