DESASTRE AÉREO

Voepass toma decisão drástica após tragédia que matou 62 pessoas

A empresa aérea divulgou uma nota para anunciar as novas diretrizes

Aeronave da Voepass.Créditos: Guilherme Dotto/Divulgação
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Pouco mais de um mês depois da tragédia do voo 2283, que matou todas as 62 pessoas que estavam a bordo da aeronave ATR-72, em Vinhedo (SP), a Voepass Linhas Aéreas tomou uma decisão drástica.

A empresa divulgou uma nota para anunciar inúmeras alterações no comando e na diretoria da empresa. Os responsáveis por manutenção, segurança operacional e operações foram demitidos.

Segundo a nota, o atual presidente e cofundador, José Luiz Felício Filho, assume a liderança executiva e a gestão direta das operações, mantendo o cargo de presidente. Felício é piloto há mais de 30 anos e o comandante mais antigo da empresa. Ele está na presidência da companhia desde 2004.

Eduardo Busch, o CEO da empresa aérea, passa a ficar à frente de questões jurídicas da Voepass.

Eric Cônsoli, chefe de Manutenção; David Faria, da diretoria de Segurança Operacional; e Marcel Moura, da Diretoria de Operações, foram demitidos.

“A Voepass reconhece e agradece as importantes contribuições que os executivos desempenharam na trajetória da empresa”, relatou a nota.

Carlos Alberto Costa, Diego Hangai e Raphael Limongi assumem as funções deixadas nas diretorias de Manutenção, de Segurança Operacional e de Operações, respectivamente.

Todas as indicações estão sob aprovação da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), conforme regulação vigente, ainda conforme informou a VoePass.

Relembre o caso

No dia 9 de agosto, uma aeronave da VoePass, antiga Passaredo, caiu em Vinhedo, interior de São Paulo. Todos que estavam a bordo morreram, sendo 58 passageiros e quatro tripulantes.

O avião deixou Cascavel (PR), às 11h46 do dia 9 em direção ao Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, com pouso previsto às 13h40. Porém, perdeu sustentação durante o voo e caiu às 13h22.

A Polícia Técnico-Científica de São Paulo informou que as 62 vítimas morreram de politraumatismo, quando a aeronave despencou de uma altura de 4 mil metros e atingiu o solo.

A empresa destacou que a aeronave decolou com todas as condições operacionais para cumprir a programação. A informação foi confirmada pelo Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa).

Conforme o órgão, a última revisão da aeronave tinha sido feita em 24 de junho de 2023. No dia do acidente, foi realizado um “check diário”, que constatou que o avião estava apto a voar, de acordo com as normas previstas.

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