"DESESPERO GENERALIZADO"

VÍDEO: Dono de bares cobra governo de São Paulo no caso metanol

Em entrevista ao Paladar, do Estadão, Cairê Aoas, que controla 13 endereços na capital, diz não entender a razão para não divulgar nomes, lotes, litros e produtos

O empresário do ramo de bares Cairê Aoas.Créditos: Pixabay Free e Instagram/Reprodução
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A atitude de Tarcísio de Freitas (Republicanos) de não permitir que se divulgue os nomes das pessoas e dos estabelecimentos envolvidos no escândalo trágico do metanol, que envolve um esquema de adulteração de bebidas alcoólicas no estado de São Paulo que já deixou pelo menos seis mortos, além de várias pessoas em estado vegetativo e com cegueira irreversível, bem como não autorizar que se diga quais são os tipos e marcas de bebidas envolvidas, já começa a fazer barulho entre os grandes empresários do setor de diversão e gastronomia.

Numa entrevista à plataforma Paladar, do jornal O Estado de S. Paulo, Cairê Aoas, proprietário de uma rede com 13 endereços renomados na capital paulista, entre eles o Bar Brahma, Café Girondino e o Riviera, afirmou estar apreensivo com seus negócios por conta dessa falta de clareza do governo de São Paulo, que não torna públicas essas informações essenciais, para que as pessoas saibam de quais estabelecimentos, bebidas, marcas, lotes e de quantos litros de produto envenenado se tratam.

“Estamos preocupados com o fim de semana. A falta de clareza nas informações cria um desespero generalizado. As pessoas estão com medo”, disse à plataforma Paladar.

Comportamento descabido

Em todos os casos do tipo, quando há qualquer produto que possa ser nocivo à população, seja por problemas de fabricação ou por esquemas criminosos de adulteração e falsificação, as autoridades imediatamente informam quais são os estabelecimentos e os produtos envolvidos, definindo lotes e determinando uma recolha na mesma hora, investigando se há ainda outros locais envolvidos. Só que não é o que Tarcísio tem feito.

Em entrevista coletiva, o governador simplesmente se negou a dizer quais seriam essas bebidas alcoólicas “batizadas”, assim como os nomes de bares e distribuidoras que as comercializam. A atitude gerou um pânico na população, que agora suspeita de todos os comércios e prefere não consumir mais esse tipo de drink, quando na verdade deveriam ser orientados sobre os estabelecimentos sérios que vendem produtos originais e de qualidade.

Veja a entrevista:

 

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