INAUGURAÇÃO

Gigante chinesa abre megafábrica de R$ 5,5 bilhões no Brasil e promete mais de 20 mil empregos

Inaugurada nesta quinta-feira (9), a planta da BYD reforça a parceria entre Brasil e China no avanço da indústria verde

Créditos: Ricardo Stuckert (PR)
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A montadora BYD inaugurou nesta quinta-feira (9) um novo complexo industrial em Camaçari (BA), no local que antes abrigava a antiga fábrica da Ford. O investimento, avaliado em R$ 5,5 bilhões, coloca o Brasil no centro da estratégia global da empresa para expandir a produção de veículos elétricos e híbridos. A expectativa é que o empreendimento gere cerca de 20 mil empregos diretos e indiretos.

Com mais de uma década de presença no país, a companhia aposta no mercado brasileiro como base para o avanço da mobilidade limpa na América Latina. A unidade baiana tem capacidade inicial para 150 mil carros por ano, com previsão de dobrar o volume na segunda fase do projeto.

Além da unidade baiana, a BYD mantém plantas em Campinas (SP) e Manaus (AM) e já estuda novas expansões no continente. A aposta reforça o protagonismo do Brasil na transição para uma indústria automotiva de baixo carbono, combinando geração de empregos, inovação tecnológica e produção sustentável.

Nova fase da indústria automotiva brasileira

As obras de adaptação começaram em março de 2024 e o espaço recebeu certificação I-REC, que atesta o uso exclusivo de energia proveniente de fontes renováveis. A fábrica vai iniciar com a montagem de veículos, mas o processo será totalmente nacionalizado até 2026, incluindo as etapas de soldagem, pintura e estamparia.

Entre os primeiros modelos a sair da linha de produção estão o Dolphin Mini e o Song Pro, voltados ao público que busca veículos elétricos mais acessíveis. O projeto inclui ainda o desenvolvimento do primeiro híbrido plug-in flex do mundo, capaz de operar com qualquer proporção de etanol e gasolina, uma tecnologia criada em conjunto por engenheiros brasileiros e chineses.

A instalação da BYD em Camaçari reverte parte dos prejuízos deixados pelo encerramento das atividades da Ford em 2021, que havia provocado forte impacto econômico na região metropolitana de Salvador. 

 

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