A Polícia Civil de São Paulo localizou, nesta sexta-feira (10), uma fábrica clandestina de bebidas alcoólicas em São Bernardo do Campo, no ABC Paulista. O local é apontado como a origem das garrafas contaminadas com metanol que causaram a morte de duas pessoas por intoxicação no estado.
De acordo com as investigações, a fábrica pirata comprava etanol em postos de combustível, mas o produto adquirido estaria adulterado com metanol, substância altamente tóxica ao consumo humano. O combustível era então misturado a bebidas como vodka, e posteriormente comercializado em diferentes pontos da Grande São Paulo.
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Fábrica foi descoberta após mortes na capital
A descoberta ocorreu durante uma investigação aberta para apurar casos de adulteração de bebidas alcoólicas, iniciada após as duas primeiras mortes registradas na capital paulista. As vítimas haviam consumido vodka comprada em um mesmo bar da Zona Leste de São Paulo.
Com base nas informações coletadas, a polícia identificou os fabricantes e cumpriu mandados de busca e apreensão, que resultaram na localização e no fechamento da fábrica.
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Proprietária confessa crime e é presa
Segundo a corporação, a proprietária da fábrica clandestina confessou que havia adquirido garrafas e rótulos de uma distribuidora não autorizada. Ela foi presa em flagrante e será autuada por falsificação, corrupção e adulteração de substâncias alimentícias, crimes previstos no Código Penal.
A pena para esse tipo de delito varia de 4 a 8 anos de reclusão, além de multa.
Oito pessoas prestaram depoimento
A operação também realizou vistoria em endereços em São Caetano do Sul e na capital paulista. Ao todo, oito suspeitos foram levados à delegacia para prestar esclarecimentos.
Durante a ação, os policiais apreenderam garrafas, bebidas, celulares e outros materiais, que serão submetidos à perícia técnica.
A Polícia Civil informou que as investigações continuam, com o objetivo de identificar todos os envolvidos e a origem exata dos produtos usados na adulteração.