INDÚSTRIA

Maior montadora do Brasil abre fábrica em SP e promete revolução circular no mundo dos carros

Com investimento de R$ 13 milhões, fábrica de "desmonte de veículos" promete evitar o lançamento de até 30 mil toneladas de gás carbônico por ano

Desmonte de automóveis.Créditos: Unsplash
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A multinacional automobilística Stellantis N.V., a montadora líder no Brasil (que engloba marcas como Fiat, Peugeot e Citroën), inaugurou, no começo de agosto de 2025, seu primeiro Centro de Desmontagem Veicular AutoPeças, em Osasco, no interior de São Paulo.

A unidade, dedicada ao desmonte de veículos em fim de vida útil, é um marco para a América do Sul no setor automotivo e incentiva o fluxo de economia circular e sustentável alinhado à estratégia de neutralidade de emissões de carbono da empresa, com meta para 2038.

De acordo com a Stellantis, a nova fábrica no interior paulista recebeu um investimento de R$ 13 milhões em sua construção e deve gerar cerca de 150 empregos até 2027, com capacidade para o desmonte de até oito mil veículos por ano, de qualquer marca, adquiridos via leilões, seguradoras ou frotistas.

Metas de sustentabilidade

As peças recuperadas em bom estado devem ser revisadas e revendidas no mercado, enquanto componentes inseguros e que não possam ser reintroduzidos à cadeia de suprimentos serão transformados em insumos e materiais brutos para viabilizar novas produções.

A marca afirma que a fábrica pode evitar o lançamento de até 30 mil toneladas de gás carbônico por ano. A iniciativa está alinhada ao Programa Mover, do governo federal, coordenado pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), que amplia as metas de sustentabilidade no setor automotivo e estimula a produção de tecnologias verdes.

“O incentivo fiscal para que as empresas invistam em descarbonização e se enquadrem nos requisitos obrigatórios do programa será de R$ 3,5 bilhões em 2024, R$ 3,8 bilhões em 2025, R$ 3,9 bilhões em 2026, R$ 4 bilhões em 2027 e R$ 4,1 bilhões em 2028, valores que deverão ser convertidos em créditos financeiros”, informa o Planalto.

O potencial econômico estimado da nova fábrica é de R$ 2 bilhões anuais no mercado brasileiro de reciclagem veicular.

Recondicionamento

Já há uma fábrica de recondicionamento de veículos da multinacional instalada em Betim, na região metropolitana de Minas Gerais, que funciona como Polo Automotivo da região. A unidade funciona como uma “oficina especializada em restaurar veículos”, devolvendo-os ao mercado “em condições equivalentes às de um seminovo certificado”, afirma a empresa.

O centro ainda oferece “serviços completos, que incluem funilaria, pintura, manutenção mecânica, reparos, substituição de peças, higienização, inspeção e certificação”.

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