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Gigante asiática de trens chega ao Brasil com geração de empregos e investimento inicial de R$ 50 mi

Nova unidade no interior paulista deve impulsionar o setor ferroviário e abrir espaço para futuros projetos de transporte

Créditos: Reprodução
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A multinacional chinesa CRRC, maior fabricante de trens do mundo, iniciou a operação de uma unidade industrial em Araraquara (SP), onde serão montadas composições destinadas ao Metrô de São Paulo. O investimento inicial é de R$ 50 milhões, com previsão de gerar cerca de 100 empregos diretos até o início de 2026.

A instalação foi feita em um galpão que anteriormente abrigava a Hyundai Rotem. O espaço servirá de base para o projeto da chamada Frota R, formada por 44 novos trens que vão reforçar as linhas 1-Azul, 2-Verde e 3-Vermelha. O primeiro trem deve ser entregue em abril de 2027, e o cronograma completo se estende por cinco anos.

O contrato com o governo paulista soma R$ 3,1 bilhões e prevê composições mais modernas, com conexão total entre os vagões, capacidade para até 1,8 mil passageiros e velocidade máxima de 100 km/h.

Base estratégica da indústria ferroviária

A CRRC pretende consolidar a unidade de Araraquara como centro de apoio a projetos futuros, incluindo o Trem Intercidades São Paulo–Campinas e expansões de linhas metropolitanas. Entre os planos, está a possibilidade de fornecer trens também para a ViaQuatro, que administra a Linha 4-Amarela e projeta estender o trajeto até Taboão da Serra.

As primeiras contratações já começaram, com vagas abertas para engenharia, compras, projetos e contabilidade. Parte das oportunidades também está concentrada na capital paulista.

O movimento reforça o programa SP nos Trilhos, que reúne R$ 190 bilhões em investimentos previstos até 2035, com meta de criar 150 mil empregos e modernizar o transporte ferroviário paulista.

Sediada em Pequim, a CRRC possui 46 subsidiárias e emprega mais de 180 mil pessoas em todo o mundo. Sua chegada ao interior de São Paulo consolida o Brasil no mapa de produção global da empresa, num momento em que o país busca ampliar sua capacidade industrial e reduzir a dependência de importações no setor ferroviário.

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