CAFÉ

Reunião de Lula e Trump é celebrada por setor cafeeiro, que acredita na retirada das tarifas

Duas entidades do setor cafeeiro celebraram o encontro entre Lula e Trump na Malásia como avanço nas negociações com os EUA. Setor foi um dos mais afetados pelo tarifaço.

Lula toma café no Palácio do Planalto.Créditos: Ricardo Stuckert/PR
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A reunião entre os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Donald Trump, ocorrida na manhã deste domingo (26) na Malásia, foi muito celebrada no setor cafeeiro, por meio do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé) e da Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA). As entidades consideram o momento um passo importante para o fortalecimento das relações comerciais entre Brasil e Estados Unidos (EUA).

Ambas entidades, Cecafé e BSCA, se mostram otimistas quanto aos resultados da reunião entre os mandatários, destacando que acreditam que as tarifas de 50% nos produtos brasileiros serão retiradas.

O Cecafé destacou que o diálogo entre os dois líderes reacendeu a torcida do setor pela isenção das tarifas aos cafés brasileiros, e pontuou que há disposição de ambos os países nessa articulação. A entidade determinou que o setor está “confiante” de que a conversa resultará em avanços positivos quanto ao assunto.

“Há disposição de ambos os governos em avançar nas discussões sobre as tarifas atualmente em vigor, que afetam diretamente a competitividade do café brasileiro e geram inflação aos consumidores norte-americanos”, informou o Cecafé em nota. “Estamos confiantes de que o diálogo entre os presidentes resultará em avanços concretos para a isenção das tarifas, fortalecendo a sustentabilidade e a competitividade do café brasileiro”, conclui o comunicado.

A BSCA, por sua vez, analisou que a eventual retirada das tarifas sobre produtos brasileiros deve trazer o setor de volta à normalidade. “A eventual retirada do tarifaço de 50% sobre os cafés brasileiros a serem importados pelos EUA é um fator que tende a devolver à normalidade o comércio mundial do produto, em especial na relação entre o Brasil, o maior fornecedor global, e os EUA, maiores importadores e consumidores do mundo”, analisou a BSCA.

Tarifas elevam preços nos EUA

As taxas aplicadas pelo governo norte-americano colocam em risco o mercado do Brasil nos Estados Unidos e ameaçam a sustentabilidade de toda a cadeia produtiva, impactando até mesmo os preços no território americano. A Cecafé defende que a remoção das tarifas trará benefícios diretos aos dois países: reduziria a pressão inflacionária sobre o café nos EUA e preservaria empregos e renda no Brasil.

O setor cafeeiro tem sido um dos principais interlocutores econômicos do Brasil nas negociações com os Estados Unidos, país que responde por uma fatia expressiva das exportações brasileiras, assim como a atuação do vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin, visto como um dos principais articuladores das negociações nos bastidores.

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