Um morador da Vila da Penha, no Rio de Janeiro, afirmou ter sido alvo de vingança de policiais militares após flagrar um assassinato durante a Operação Contenção, que deixou ao menos 121 mortos na última terça-feira (28).
Em vídeo veiculado nas redes sociais, Robson, que trabalha em um hospital, relatou ter flagrado PMs conduzindo um jovem baleado para um beco para, logo depois, assassiná-lo. Robson, que não revelou seu sobrenome no vídeo, ainda disse que tentou se manifestar contra o ocorrido, chamando de “covardia” a situação. Dois agentes teriam, então, pedido seu documento e o liberado.
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“Eu estava na janela da minha casa quando ouvi (...) Quatro policiais entrarem no beco com um cidadão baleado, vivo. Botaram ele no beco, o policial deu seis passos pra trás, deu cinco ou seis tiros nele, os policiais se abraçaram e depois saíram puxando o corpo. Eu saí na janela e gritei falando que aquilo era covardia. Foi um pessoal, um eu lembro que era um moreno forte, outro era um calvo, russo, e alegaram que queriam meu documento. Fui até o carro pegar meu documento, apresentei minha identidade. Me liberaram, não falaram nada”, revelou Robson.
No dia seguinte, Robson relata que acordou para trabalhar e seu carro, principal meio de locomoção, estava destruído. “Quando foi hoje de manhã, acordei e meu carro estava todo destruído. Um morador disse que foram os policiais, que furaram todos os meus pneus”, revelou.
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Indignado, Robson disse temer pela sua integridade física caso preste queixa sobre a situação na polícia. “Agora vou dar queixa na polícia contra a polícia? Como resolve isso? Quem vai garantir minha integridade física? Eu trabalho em hospital, não sei como vou ir trabalhar”, completou.