Após semanas de especulações sobre tensões diplomáticas com os Estados Unidos, o Ministério da Defesa confirmou que o cancelamento da Operação Formosa, um dos principais exercícios militares do país, ocorreu por motivos orçamentários. Segundo fontes oficiais, a decisão foi tomada para concentrar verbas na Operação Atlas – Armas Combinadas, que integra Exército, Marinha e Força Aérea, e na segurança da COP-30, prevista para novembro em Belém (PA).
Realizada desde 1988 em Goiás, a Formosa já mobilizava cerca de dois mil militares, veículos blindados e helicópteros quando veio a ordem de cancelamento. A Marinha informou que a medida foi necessária diante do custo elevado e reafirmou o compromisso com a integração das Forças Armadas.
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Cortes e prioridades
A suspensão põe fim aos rumores de influência externa na decisão. Fontes da Defesa afirmam que o motivo foi exclusivamente financeiro, dentro do contexto de contenção de R$ 2,6 bilhões no orçamento do ministério. O corte também afetou outros treinamentos, como o CORE, parceria entre Brasil e EUA.
Com o orçamento reduzido, as Forças Armadas têm priorizado missões estratégicas, como a segurança da conferência climática da ONU. Mesmo sendo uma das maiores operações da Marinha e símbolo da capacidade de projeção militar, a Formosa ficou fora do plano de 2025. A falta de verba fala mais alto que a tradição.