Nos dias 5 de novembro e 4 de dezembro, o céu noturno promete um espetáculo especial: a aparição de duas "superluas" consecutivas, fenômeno que chama atenção por deixar o satélite natural da Terra mais brilhante e ligeiramente maior do que o habitual.
Essas serão as últimas "superluas" de 2025, marcando o fim de uma sequência de quatro ocorrências ao longo do ano.
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O que é o perigeu?
O termo perigeu se refere ao ponto da órbita da Lua em que ela está mais próxima da Terra. A distância média entre o nosso planeta e a Lua é de cerca de 384 mil quilômetros, mas durante o perigeu essa distância pode diminuir para aproximadamente 356 mil quilômetros, fazendo com que o disco lunar pareça até 14% maior e 30% mais brilhante.
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O que é uma superlua?
O termo “superlua” foi popularizado por astrólogos e depois adotado pela mídia, mas não é um conceito científico oficial.
A astronomia utiliza expressões como “lua cheia no perigeu” para se referir ao mesmo fenômeno de forma mais precisa.
Em 1979, o astrólogo Richard Nolle cunhou o termo “superlua” para descrever uma lua cheia ou nova que ocorre a menos de 90% da distância média da Lua à Terra, e o nome acabou se popularizando pela facilidade de compreensão e pelo impacto visual que o evento causa.
Como observar a "superlua"
A observação não requer instrumentos especiais. Para ver o fenômeno com mais destaque:
- Olhe para o horizonte logo após o pôr do sol, quando a Lua está nascendo — nesse momento, o contraste com o ambiente ainda claro e o efeito óptico fazem com que ela pareça ainda maior.
- Escolha locais com pouca poluição luminosa, como parques, praias ou áreas afastadas de grandes centros urbanos.
Binóculos ou telescópios simples podem realçar detalhes das crateras e mares lunares, mas não são essenciais para apreciar o brilho ampliado.
Embora o termo “superlua” não seja científico, dependendo da definição usada, tanto a Lua cheia de 5 de novembro quanto a de 4 de dezembro se enquadram como "superluas', pois ambas ocorrem com o satélite em fase cheia muito próxima do perigeu lunar.
Essas duas datas, portanto, marcam uma rara sequência de "superluas" consecutivas, encerrando o calendário astronômico do ano com um espetáculo natural visível a olho nu em praticamente todo o território brasileiro, caso o clima permita.