O ex-presidente Fernando Collor de Mello, de 75 anos, após chegar à prisão Baldomero Cavalcanti de Oliveira, em Maceió, capital de Alagoas, recebeu uma proposta, no mínimo, irônica: uma oferta de trabalho com jornada integral na fábrica industrial Pré-Moldados Empresariais Alagoas, no cargo de gerente-geral.
O salário proposto seria de R$ 1.518. O proprietário da empresa, Roberto Boness, afirmou que esse é o valor pago. "Todos os reeducandos recebem um salário mínimo. O interessante para ele seria a redução de pena e dar utilidade à vida dele, ao invés de ficar trancado sem fazer nada numa cela”, explica.
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O advogado de Collor, Marcelo Bessa, disse desconhecer a proposta, ao colunista Carlos Madeiro, do UOL. A reportagem ainda diz que o dono da empresa afirmou não conhecer Collor. "Seria de grande ajuda ter um profissional como ele. Com a visão gerencial dele, acredito que alavancaria nossa empresa a outro patamar”, diz.
Entenda
Collor foi preso na última sexta-feira (25), após determinação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. A prisão ocorreu durante a madrugada, quando o ex-presidente se preparava para se entregar à Polícia Federal (PF).
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Ele foi condenado em maio de 2023 a oito anos e 10 meses de prisão, em regime inicialmente fechado de 90 dias, em um esquema de corrupção na BR Distribuidora. Desde então, os advogados entraram com recursos para tentar adiar o cumprimento da sentença. Na Fórum, é possível acessar uma cronologia das histórias que mais marcaram a vida do ex-presidente.
Por conta da situação, houve pânico entre aliados do também ex-presidente Jair Bolsonaro, ainda na quinta-feira (24).