Dados divulgados pelo Tesouro Nacional nesta terça-feira (29) mostram um superávit primário de R$ 1,096 bilhão nas contas públicas no mês de março de 2025. O valor se refere à diferença entre a arrecadação e as despesas do governo, sem contar os juros da dívida pública.
Foi o melhor resultado para o período desde 2021, afirma o relatório. O bom desempenho se dá, em parte, pela redução de gastos em áreas específicas, como as despesas chamadas discricionárias — aquelas que o governo pode escolher fazer ou não —, que tiveram queda de R$ 2,9 bilhões.
Também houve queda de R$ 1,2 bilhão nas ações de Saúde e de R$ 1,0 bilhão nos repasses ao Bolsa Família.
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Por outro lado, algumas áreas tiveram aumento nos gastos. As despesas com a Previdência Social subiram R$ 1,2 bilhão, e os benefícios assistenciais pagos pela LOAS/RMV aumentaram em R$ 926,2 milhões. Segundo o relatório, isso aconteceu porque mais pessoas passaram a receber esses benefícios e devido ao reajuste de 7,5% do salário mínimo em 2025.
No total, o governo acumulou um superávit de R$ 54,5 bilhões no primeiro trimestre de 2025 (de janeiro a março). Esse valor é mais do que o dobro do registrado no mesmo período do ano passado, que foi de R$ 20,2 bilhões.
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De acordo com o Tesouro, esse resultado veio de um superávit de R$ 120 bilhões das contas do Tesouro Nacional e do Banco Central, valor que compensou o déficit de R$ 65,5 bilhões da Previdência Social.
O relatório também aponta que, em valores ajustados pela inflação (ou seja, em termos reais), a receita do governo cresceu 2,7%, e as despesas caíram 3,4%.
O principal motivo para o aumento do superávit primário foi a arrecadação federal, que cresceu 5,6%, o equivalente a R$ 7,2 bilhões, conclui o relatório. Esse crescimento veio principalmente do Imposto de Renda, dos tributos sobre salários e rendimentos do trabalho e do Imposto de Importação.
